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Título: Síntese...
Autoria: SEMINARIO TEMATICO SOBRE SORGO: PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E AGRONEGOCIO, 2001, Sete Lagoas, MG.
Ano de publicação: 2001
Referência: Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2001.
Páginas: 52 p.
Conteúdo: Há cerca de trinta anos, o sorgo passou a ser visto como uma cultura de grande potencial para o Brasil. O Ministério da Agricultura, na época, decidiu criar, então, o Programa Nacional de Sorgo, que rapidamente se desenvolveu e disponibilizou cultivares de sorgo granífero e forrageiro para plantio em todo o País.Ao mesmo tempo e em estreita colaboração com o programa oficial, programas privados de melhoramento de plantas e desenvolvimento de cultivares foram instalados no País.Desde então, essa parceria entre os setores público e privado tem sido a responsável pelo desenvolvimento de tecnologias para sustentar a produção, a comercialização e a utilização do grão e da forragem ~e sorgo. Vários obstáculos foram identificados e enfrentados durante a primeira fase de expansão da cultura, nos anos setenta, o que não impediu, contudo, que ela atingisse 250 a 300 mil hectares de área plantada em todo o País, ao final dos anos oitenta. Na primeira metade dos anos noventa, a cultura manteve os mesmos índices de crescimento da década anterior, porém, nos últímos cinco anos, o sorgo cresceu de forma significativa no Brasil, ultrapassando a marca de um milhão de hectares cultivados. O sorgo granífero tem ocupado um significante nicho na região Central do Brasil, como cultura seqüencial à soja, no sistema de produção conhecido como "safrinha". Por ser uma cultura tolerante à seca e extremamente eficiente na utilização da água, parece ter sido "projetada" especialmente para essa situação e para o sistema seqüencial de culturas. O produtor que planeja adequadamente o sistema seqüencial soja-sorgo geralmente tem sido muito bem sucedido, atingindo altos índices de produtividade e conseguindo bom retorno para seus investimentos. No entanto, o produtor que não planejar que oportunisticamente decide plantar sorgo na safrinha porque a melhor época para semear o milho já passou, geralmente tem sofrido frustrações técnicas e econômicas. Existe uma clara oportunidade de mercado para que o grão de sorgo ocupe de 10 a 20%, ou até mais, da demanda total de grãos forrageiros no Brasil. A oferta de outros grãos além do milho, para satisfazer as demandas do consumo, traz óbvias e indiscutíveis vantagens para a economia do País. Os sorgos forrageiros têm, da mesma forma, preenchido nichos especiais no segmento de mercado da bovinocultura de leite e de corte. Em praticamente todas as regiões do Brasil, cultivam-se sorgos para ensilagem, em todas as situações em que o sorgo seja competitivo com o milho, matéria-prima tradicional para produção de silagem. Na safra de 2001/2002, estima-se que serão semeados cerca de 400 mil hectares de sorgo para silagem. Mais recentemente, os chamados sorgos de corte e pastejo, resultantes da hibridação de sorgo granífero x capim sudão, estão ocupando nichos de mercado no Brasil Central, fora de seu tradicional reduto mercadológico há décadas, que é o Rio Grande do Sul. Os sorgos de pastejo, nesta safra, ocuparão aproximadamente 30% da área total de sorgos forrageiros do País. Há uma grande expectativa de que esses sorgos venham a ocupar vastas áreas no Brasil Central, com a finalidade de proporcionar um pasto de verão outono de alto valor nutritivo e/ou fornecer palha para o sistema de plantio direto. Com respeito à utilização de grãos de sorgo pela agroindústria de carnes, uma importante conferência apresentada durante o Seminário Temático sobre Sorgo demonstrou que a eficiência das rações de aves e suínos, utilizando-se alternativamente milho ou sorgo como ingrediente energético, pode ser igual se o sorgo for usado apropriadamente na formulação. Esse Seminário Temático constituiu um foro adequado para identificar limitações para a produção, comercialização e utilização de sorgo, quer seja como fonte de energia para o preparo de rações animais ou como forragem de alto valor nutritivo para nutrição de ruminantes. Foram identificadas as mais sérias limitações à expansão do sorgo e propostas soluções, tanto na área política como nas áreas de transferência de tecnologia e de pesquisa e desenvolvimento. Nossa expectativa é de que, sob a liderança e colaboração dos setores público e privado, o agronegócio do sorgo continue a crescer e traga benefícios a toda a cadeia produtiva do País e à economia como um todo. Nós, da Comissão Organizadora do Seminário Temático sobre Sorgo, gostaríamos de agradecer a todos que participaram desse evento e colaboraram para o seu sucesso.
Thesagro: Agronegócio
Pesquisa
Sorgo
Palavras-chave: Desenvolvimento
Série: (Embrapa Milho e Sorgo. Documentos, 14)
Notas: Editado por: SCHAFFERT, R.E.; RIBAS, P.M.
Tipo do Material: Anais e Proceedings de eventos
Acesso: openAccess
Aparece nas coleções:Série Documentos (CNPMS)

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