Capítulo 3
Ecofisiologia do amendoim
(Arachis hypogaea L.)
Napoleão Esberard de Macêdo Beltrão
Severino Pereira de Sousa Júnior
Maria Isaura Pereira de Oliveira
José Fideles Filho
Melchior Naelson Batista da Silva
Introdução
O amendoim (Arachis hypogaea L.) é uma oleaginosa pertencente à família das leguminosas. Nativa da América do Sul, a espécie é cultivada em vários países do mundo. A cultura possui grande capacidade adaptativa, justificada pela plasticidade genética de suas subespécies, que permite seu cultivo em várias condições edafoclimáticas (SANTOS et al., 2005). Tais características contribuíram para que a cultura se tornasse uma das principais oleaginosas cultivadas no mundo, atrás apenas da soja, do algodão e da canola (FREITAS et al., 2005). Os seguintes países destacam-se como os maiores produtores da cultura: China, Índia e Estados Unidos (HE et al., 2003).
No Brasil, a maior área plantada concentra-se na região Sudeste do País, e o Estado de São Paulo destaca-se como o maior produtor nacional, respondendo por aproximadamente 76% da produção na safra de 2006–2007 (MARTINS, 2007).
No Nordeste brasileiro, o amendoim tem constituído uma importante alternativa agrícola, em razão da simplicidade do manejo, da tolerância às condições climáticas adversas e da demanda pelo produto (SANTOS et al., 2005). Entretanto, essa região apresenta regime pluviométrico bastante irregular, com temperaturas elevadas e períodos de deficiência hídrica na maior parte do ano (SILVA et al., 2003).
O cultivo de plantas em condições naturais está sujeito à interação dos fatores abióticos, que são potencialmente causadores de estresse, o qual pode ser considerado um desvio significativo das condições ótimas para o desenvolvimento das plantas. Esse desvio produz mudanças e respostas no metabolismo dos organismos, que podem ser, a princípio, reversíveis ou podem evoluir para um estado permanente (LARCHER, 2006).
O conhecimento das expressões ecofisiológicas de cultivares indicadas para a região Nordeste representa importante contribuição para o desenvolvimento de novas tecnologias de manejo e de desenvolvimento de variedades com maior capacidade adaptativa, assegurando incrementos na produtividade, na qualidade da produção e nas características nutricionais. Fatores responsáveis pela agregação de valor econômico aos produtos industrializados ocasionam o fortalecimento da cadeia produtiva do amendoim e da agricultura familiar no Semiárido brasileiro.
Essa oleaginosa apresenta facilidade de desenvolvimento na maioria dos tipos de solo, e é cultivada com melhor eficiência em solos bem drenados, férteis e de textura arenosa. Entretanto, a maior produtividade dependerá das características da cultivar e das interações entre temperatura e disponibilidade hídrica para a planta (BOLONHEZI et al., 2005).
A cultura do amendoim na região Nordeste é bastante importante e promissora, graças a sua capacidade de produção em condições semiáridas (SILVA et al., 1993). Entre as espécies cultivadas pelos pequenos produtores rurais nessa região, existe a preferência pelo tipo de porte ereto, com ciclo curto e de fácil manejo, principalmente para a colheita manual. Tais características são importantes, uma vez que a cultura é explorada principalmente por pequenos produtores (SANTOS et al., 2006).
Importância econômica e social da cultura do amendoim
A cultura do amendoim é de grande importância social e econômica no Brasil e no mundo. Além disso, contribui para a fixação do homem no campo, gera emprego e renda, e é bastante representativa para a nutrição humana e para a indústria. Segundo levantamento realizado pela FAO (2007), essa oleaginosa é produzida em mais de 20 milhões de hectares anualmente, e os maiores produtores mundiais são a China, a Índia e os Estados Unidos.
O amendoim é uma oleaginosa do gênero Arachis, pertencente à família Fabaceae e à subfamília Papilionoideae. A espécie Arachis hypogaea é mais cultivada e pode ser encontrada em todo o território nacional (Figura 1). Segundo Krapovickas e Gregory (1994), a cultura é nativa da América do Sul e teve sua origem na Bolívia; portanto, é cultivada em regiões tropicais úmidas, subtropicais e semiáridas (HAMMONS, 1973). É uma planta anual, herbácea, com hábito de crescimento ereto, semiereto ou rasteiro e ciclo que varia entre 80 e 200 dias (SILVA; ALMEIDA, 1991).
Figura 1. Cultura de amendoim, em condições de sequeiro.
Foto: Maria Isaura Pereira de Oliveira
O amendoim in natura ou seus subprodutos, quando consumidos regularmente, constituem, para a população de baixa renda, uma importante fonte alternativa à proteína animal, pois, além de possuírem alto valor proteico, são importantes fontes de vitaminas do complexo B, E, e de minerais (FREIRE et al., 2005).
A cadeia produtiva dessa cultura é bastante diversificada. Vários produtos e subprodutos podem ser explorados, desde os grãos até a parte vegetativa, bem como os restos das vagens para a ração animal. Atualmente grande parte do consumo dessa oleaginosa destina-se a fins alimentares, atendendo as demandas de produtos in natura e de confeitaria (GODOY et al., 2005).
No Brasil, as regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste são as principais produtoras. Na região Nordeste, destacam-se os seguintes estados: Bahia, Paraíba, Sergipe e Ceará. A região Sudeste destaca-se como a maior produtora, e o Estado de São Paulo é o maior produtor, com cerca de 80% da produção nacional (INDICADORES DA AGROPECUÁRIA, 2007).
O nordestino cultiva preferencialmente as variedades de porte ereto, que têm ciclo curto, manejo simplificado e facilidade para a colheita manual. Essas características são relevantes, pois a maioria dos cultivos é conduzida por pequenos produtores rurais (SANTOS et al., 2006).
Atualmente, grande parte do consumo dessa oleaginosa é in natura, em virtude do sabor e do alto valor nutritivo dos grãos, que encerram cerca de 20% a 25% de proteínas e 45% a 52% de óleo (GODOY et al., 2005).
O cultivo dessa oleaginosa vem se tornando uma importante alternativa para a agricultura familiar e pode substituir algumas culturas de menor rentabilidade e menor valor nutricional, principalmente na região Nordeste, nos estados onde a cultura é explorada, como Bahia, Sergipe, Paraíba e Ceará, e nas áreas onde preferencialmente se cultivava o algodão, por causa dos problemas econômicos gerados pelo aparecimento do bicudo (Anthonomus grandis). Além desses fatores, outros concorreram para a disseminação do amendoim no Nordeste, como o ciclo reduzido, a capacidade de produzir com baixo índice pluviométrico, a possibilidade de consórcio com outras culturas, o custo reduzido de produção e a utilização na recuperação de solos degradados pelo monocultivo (SANTOS et al., 2005).
A região Nordeste possui condições favoráveis ao cultivo dessa oleaginosa, que constitui uma importante alternativa econômica e social para a agricultura familiar. A cultura encerra grande potencialidade em relação ao seu valor calórico e proteico para a alimentação humana e no que diz respeito à sua utilização na produção de óleo para biodiesel. Além disso, é uma cultura de grande adaptação às características edafoclimáticas das regiões semiáridas, onde a precipitação e a distribuição das chuvas limitam o crescimento, o desenvolvimento e a produtividade da maioria das culturas, o que justifica o fato de dois terços da produção mundial de amendoim estar nesse ambiente (FREIRE, 2004).
As principais pesquisas desenvolvidas acerca dessa oleaginosa no intuito de produzir variedades adaptadas às condições do semiárido nordestino, tanto em condições de sequeiro quanto irrigado, têm sido desenvolvidas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O objetivo principal do programa de melhoramento da Empresa está baseado em dois aspectos: o agronômico, que é o desenvolvimento de cultivares com menor ciclo, maior produtividade e maior tolerância ao estresse hídrico, e o aspecto das exigências de mercado para consumo in natura, no que diz respeito às características dos frutos, que devem ter 3 ou 4 sementes por vagem, as quais devem ser redondas, de tamanho médio e de coloração vermelha (SANTOS et al., 2005).
O desenvolvimento de novas tecnologias de cultivo tem importância fundamental na introdução de materiais adaptados que possam ser incorporados no sistema de cultivo utilizado na pequena propriedade rural, de forma que a cultura funcione como alternativa rentável para a agricultura familiar e contribua para a diversificação da atividade agrícola e para a autossustentabilidade da pequena propriedade rural. Além disso, tais pesquisas tendem a desenvolver as características adaptativas das cultivares às condições de solo, à exigência hídrica e à temperatura do semiárido nordestino.
Metabolismo e necessidades agroecológicas do amendoim
A cultura do amendoim é bem adaptada às regiões tropicais, é cultivada em mais de 90 países e é explorada principalmente em regiões de latitude de até 30° norte e sul (FREIRE, 2004; SANTOS et al., 2005).
No Brasil, existe uma grande variação na temperatura entre as regiões produtoras (Sudeste e Nordeste), que detêm cerca de 90% do seu território encravado no semiárido, onde é constante a ocorrência de temperaturas elevadas.
O fator climático mais importante para o desenvolvimento da planta em regiões de maior latitude é a temperatura, que influencia diretamente o desenvolvimento do amendoim. Portanto, cultivos acima de mil metros de altitude podem ser restringidos, por causa da redução da temperatura acima dessa coordenada. A temperatura influencia diretamente o ciclo do amendoim, principalmente no período compreendido entre a germinação e o início do florescimento. A faixa ótima para esse período varia de 30 °C a 33 °C. Nesse sentido, cultivos realizados em locais cuja temperatura encontra-se abaixo do ótimo contribuem para o prolongamento da fase vegetativa e para o retardamento do início da floração (SANTOS et al., 2005).
O período da floração e o número de flores produzidas pelo amendoim são reduzidos quando o cultivo é realizado sob temperaturas que variam entre 24 °C e 33 °C. Acima disso, principalmente no período da floração, ocorre prejuízo na fertilização das flores e na formação dos frutos (KVIEN, 1995). Essa redução na fertilização das flores do amendoim, cultivado sob estresse de temperatura, também foi obtida por Prasad et al. (1999). Além desses autores, Talwar et al. (1999) constataram ainda que o cultivo do amendoim sob altas temperaturas acarretou aumento no percentual de abortamento de flores bem como redução no tamanho dos grãos.
Além da temperatura, outros fatores ambientais, principalmente em condições de semiárido, exercem influência sobre a cultura do amendoim. Entre esses fatores, destacam-se o deficit hídrico e todos os fatores que contribuem para que ele ocorra. Nesse sentido, em condições normais, a evaporação na região Nordeste é superior à precipitação, o que ocasiona deficit hídrico no solo durante a maior parte do ano. A distribuição das chuvas nessa região é caracterizada pela sua irregularidade e pela ocorrência de veranicos, e isso acarreta deficit de água em determinadas fases do ciclo da cultura (SILVA; AMARAL, 2007).
A demanda hídrica de cada cultura varia durante o ciclo e segue um comportamento diferente em cada estádio de desenvolvimento. Essas variações das necessidades hídricas variam de acordo com a fisiologia da cultura e das condições ambientais. O consumo hídrico do amendoim é bastante reduzido durante o crescimento vegetativo inicial. Esse consumo chega ao máximo (aproximadamente igual à evaporação no método de tanque classe A) quando o desenvolvimento foliar torna-se suficiente para cobrir toda a superfície do solo. Além disso, existem três períodos críticos, no que diz respeito à disponibilidade de água no solo, nos quais a escassez ou o excesso produzem efeito negativo na produção. Esses períodos correspondem às seguintes fases: semeadura e germinação, formação de vagens e maturação das vagens (BALDWIN; HARRISON, 1996).
O desenvolvimento e a produtividade da maioria das culturas de valor econômico, cultivadas em regime de sequeiro, principalmente no semiárido, são influenciados pelo regime pluviométrico, cuja deficiência ou instabilidade contribui para o alto risco da agricultura de sequeiro e para a ocorrência de baixas produtividades das culturas. Silva e Rao (2006), ao avaliarem diferentes métodos que determinam as necessidades hídricas da cultura do amendoim, concluíram que a demanda hídrica da cultura é de aproximadamente 650 mm. Os autores verificaram ainda que o coeficiente de cultura (Kc), obtido pelos métodos de tanque classe A, de Hargreaves e de Thornthwaite, é o mais adequado para o manejo eficiente da irrigação.
Silva e Amaral (2008), ao estudarem sobre a evapotranspiração e sobre os coeficientes de cultivo (Kc) do amendoim da cultivar BR-1 para subsidiar o manejo da irrigação no Estado do Ceará, constataram que a evapotranspiração foi de aproximadamente 5 mm aos 10 dias após o plantio até aos 51 dias. Os autores observaram também que, durante as fases de florescimento e desenvolvimento dos frutos, o Kc médio foi de 0,9.
A cultura do amendoim constitui importante alternativa para a agricultura irrigada no Nordeste pelos seguintes fatores: por se adaptar às condições edafoclimáticas, pela demanda de consumo e pela baixa demanda hídrica para obtenção de boa produtividade, que, segundo Gillier e Silvestre (1970), é de 600 mm; de 500 mm a 700 mm para Doorenbos e Kassam (1994); de 508 mm a 635 mm para Baldwin e Harrison (1996); de 700 mm para Silva (1997); e de 650 mm para Silva e Rao (2006).
Sistemática, organografia e anatomia
A consolidação da descrição botânica do gênero Arachis foi obtida pela publicação de uma revisão de suas espécies, por Krapovickas e Gregory (1994). Nesse estudo, os autores descreveram 69 espécies, entre as quais está a Arachis hypogaea L., que é o amendoim mais cultivado em todos os países de clima tropical, com grande influência na alimentação humana, principalmente nos países de clima semiárido (SINGH; SINGH, 1992). Outros autores descreveram mais 12 espécies das 81 que compõem o gênero (VALLS; SIMPSON, 1994). A ocorrência natural das espécies silvestres do gênero é restrita a cinco países da América do sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai (KRAPOVICKAS; GREGORY, 1994; VALLS; SIMPSON, 1994).
Segundo a classificação proposta por Judd et al. (1999), o amendoim cultivado Arachis hypogaea pertence à família Fabaceae, subfamília Faboideae, gênero Arachis. Essa espécie divide-se em duas subespécies: a) hypogaea, caracterizada pelo ciclo longo, de crescimento rasteiro, semirrasteiro e arbustivo, que produz sementes de médias a extragrandes; b) fastigiata, cujas variedades botânicas são de ciclo curto, crescimento ereto ou semiereto, com sementes que variam de tamanho pequeno ao médio (KRAPOVICKAS, 1995).
A região que se localiza entre o Estado de Mato Grosso do Sul e o sul de Goiás, no Brasil, é a provável área de origem do gênero Arachis, que possui cerca de 80 espécies (VALLS, 2000). A ocorrência das secções do gênero Arachis é descrita por vários autores sul-americanos, cinco das quais estão presentes no Paraguai. Apenas duas delas ocorrem na Bolívia, na Argentina e no Uruguai. Somente a secção Arachis, que contém o amendoim cultivado (A. hypogaea L.), ocorre nos cinco países (KRAPOVICKAS; GREGORY, 1994; VALLS; SIMPSON, 1994). Sete das secções mostram apenas espécies perenes. Por sua vez, a secção Arachis reúne espécies perenes e anuais, enquanto a secção Heteranthae, exclusiva do Nordeste brasileiro, é composta por espécies de ciclo anual (VALLS, 1996).
A espécie de amendoim Arachis hypogaea é descrita como um alelotetraploide, com 2n = 4x = 40 cromossomos. Entretanto, a maioria das espécies que compreendem o gênero é diploide, com 2n = 2x = 20 cromossomos (FERNÁNDES; KRAPOVICKAS, 1994; FREITAS; MORETZSOHN, 2004). A espécie ainda é subdividida em duas subespécies, as quais comportam seis variedades botânicas, que são caracterizadas pelo ciclo, hábito de crescimento e projeção dos ramos reprodutivos e vegetativos (FERNÁNDES; KRAPOVICKAS, 1994).
Sistema radicular
O sistema radicular do amendoim é caracterizado por ser extenso e ramificado. Apresenta raiz pivotante, da qual se originam ramificações laterais (Figura 2), que são caracterizadas pelo rápido crescimento inicial e conferem pouca suscetibilidade ao deficit hídrico (GREGORY; REDDY, 1982). Apesar da capacidade de atingir grandes profundidades, a maior concentração de raízes, cerca de 60% em massa, encontra-se nos primeiros 30 cm de solo (INFORZATO; TELLA, 1960). O crescimento e a distribuição do sistema radicular são caracterizados por concentrarem-se nas camadas superficiais do solo (CAIRES; ROSOLEM, 1998; NOGUEIRA; TÁVORA, 2005). Entretanto, tal comportamento depende do genótipo e das condições edafoclimáticas. Além disso, há relatos de que raízes tenham atingido 1,3 m (INFORZATO; TELLA, 1960), 2,4 m (BOOTE; KETRING, 1990) e 2,75 m de profundidade (KETRING; REID, 1995).
Figura 2. Sistema radicular do amendoim.
Foto: Maria Isaura Pereira de Oliveira
Parte aérea
O amendoim é uma cultura que possui as seguintes características: ciclo anual, estrutura herbácea e ramificada, pubescente, de porte ereto ou ramador (Figura 3). Seu ciclo pode variar de 100 a 140 dias (SILVA et al., 1993). Tal período pode se estender, dependendo do genótipo, até os 160 dias. Após a germinação, ocorre o desenvolvimento da haste, que se origina da gema apical do epicótilo, o qual se desenvolve de forma lenta em relação ao sistema radicular, podendo chegar aos 60 cm. Além da haste principal, ocorre a formação de dois ramos laterais, que têm sua origem nas gemas axilares aos cotilédones (Figura 4) e iniciam sua ramificação após o primeiro mês de crescimento, originando estruturas vegetativas e reprodutivas ao longo de todo o ciclo (NOGUEIRA; TÁVORA, 2005).
Figura 3. Parte aérea do amendoim de hábito de crescimento ereto.
Foto: Maria Isaura Pereira de Oliveira
Figura 4. Formação de dois ramos laterais a partir das gemas axilares aos cotilédones.
Foto: Maria Isaura Pereira de Oliveira
Os folíolos do amendoim são de formato elíptico (Figura 5), com tamanho que varia de 4 cm a 7 cm de comprimento, seguido de um pecíolo delgado, com pelos esparsos e pequenos (SANTOS, 1990). As folhas são do tipo compostas, formadas por quatro folíolos, que possuem inserção oposta no pecíolo (NOGUEIRA; TÁVORA, 2005).
Figura 5. Folha do amendoim.
Foto: Maria Isaura Pereira de Oliveira
Flores, frutos e sementes
As flores do amendoim são hermafroditas, completas, com cálice, corola, ovário e estames (Figura 6), e reúnem-se de duas até cinco flores para a formação da inflorescência. Cada flor pode conter até dez estames, dos quais dois são estéreis. O estigma floral localiza-se no mesmo nível das anteras, e o ovário fica localizado na base do tubo do cálice (NOGUEIRA; TÁVORA, 2005).
Figura 6. Flores do amendoim.
Foto: Maria Isaura Pereira de Oliveira
O cálice forma um tubo fino e alongado com a corola na base. A corola é composta por cinco pétalas, estandarte, asas e a quilha, que é formada pela união de duas pétalas nos bordos inferiores. O estilo percorre todo o tubo polínico. O ovário fica localizado na base do tubo do cálice e contém de dois a cinco óvulos. Portanto, a estrutura da flor do amendoim, cujo estilo e estames estão protegidos sobre a quilha, confere ao amendoim uma alta taxa de autofecundação (SANTOS, 1990). Após a fertilização da flor do amendoim, ocorre a formação do ginóforo, que cresce no sentido de alcançar o solo, onde haverá a formação das vagens (ZAMSKI; ZIV, 1976).
O surgimento das primeiras flores varia muito de acordo com o genótipo e com o porte da cultura. O seu aparecimento começa aos 20 dias, nas cultivares de porte ereto, e aos 30 dias nas de porte rasteiro (NOGUEIRA; TÁVORA, 2005). Além disso, em virtude do florescimento indeterminado, ocorre desuniformidade da maturação das vagens, o que pode influenciar a produção efetiva da cultura (SANTOS; GODOY, 1999).
O fruto é do tipo vagem e caracteriza-se por ter seu desenvolvimento sob o solo (GOLOMBEK et al., 2001; ROBERTSON et al., 1980), formando uma casca amarelo-palha uniloculada, na qual se desenvolve de uma a seis sementes, de acordo com os seguintes fatores: grupo botânico, cultivar, manejo e condições ambientais (NOGUEIRA; TÁVORA, 2005). Além da variação quanto ao número, as sementes variam quanto à coloração e ao tamanho dentro de cada grupo (Valência, Spanish e Virgínia), como pode ser observado na Figura 7. As sementes do grupo Valência apresentam de três a seis sementes médias e vermelhas. Os grupos Spanish e Virgínia apresentam apenas duas sementes por fruto. No primeiro grupo, as sementes são pequenas e de coloração bege, enquanto no segundo, elas são de tamanho grande a extragrande, e geralmente possuem também coloração bege (SANTOS et al., 1997).
Figura 7. Frutos de amendoim com duas sementes da cultivar L-7 (A), três sementes da BR-1 (B) e quatro sementes da Havana (C).
Fotos: Taís Suassuna
Ecofisiologia e fases fenológicas do amendoim
Germinação
O processo germinativo é afetado por diversos fatores ambientais, entre os quais estão a temperatura e a disponibilidade de umidade no solo, que exercem importância fundamental tanto na formação do estande como no crescimento e no desenvolvimento da cultura.
A germinação é bastante influenciada pela temperatura. A intensidade das alterações ocorre de acordo com as características genéticas da espécie cultivada e das condições fisiológicas das sementes (CARVALHO; NAKAGAWA, 2000).
O tempo de germinação das sementes é controlado por diversos fatores. Entre eles está a temperatura, que exerce influência importante e pode ser observada mais comumente em espécies de sementes pequenas. A influência da luz sobre essas sementes funciona como um sinal ao processo de germinação. A resposta das sementes à luz varia muito entre espécies e entre lotes de sementes, e podem depender também de pré-tratamentos e das condições disponíveis durante o teste de germinação (PONS, 2000). Além disso, a água, o oxigênio e a temperatura, quando adequados, são pré-requisitos para o crescimento do embrião. Segundo Bewley e Black (1994), as respostas das sementes à luz são consideradas como sinais de controle sobre a dormência, em vez de um controle direto sobre a germinação. Entretanto, a sensibilidade das sementes ao efeito da luz varia de acordo com os seguintes fatores: a qualidade, a intensidade luminosa e o tempo de irradiação, bem como com o período e a temperatura durante o processo de embebição (LABORIAU, 1983).
A temperatura exerce influência na germinação pelo fato de agir não somente sobre a velocidade de absorção de água, mas também sobre as reações bioquímicas que determinam todo o processo, podendo afetar tanto o processo germinativo, como a velocidade de germinação (BEWLEY; BLACK, 1994). A faixa ótima de temperatura para o período em que ocorre o processo germinativo está entre 23 °C e 24 °C (FREIRE, 2004).
A planta do amendoim é conhecida por apresentar mecanismos fisiológicos de tolerância ao deficit hídrico, principalmente no período de crescimento vegetativo (PATEL; MISTRY, 1981). Entretanto, a produção de frutos é consideravelmente comprometida por causa da redução da umidade do solo (FERREIRA et al., 1992; PATEL; MISTRY, 1981; SANTOS et al., 2005; SILVA et al., 1998; TÁVORA; MELO, 1991; WRIGHT et al., 1991).
O sistema radicular do amendoim é caracterizado por ocupar as camadas superficiais do solo, concentrando-se nos primeiros 25 cm de profundidade (PINTO et al., 2008). Entretanto, dependendo do genótipo cultivado e das condições ambientais, pode atingir grandes profundidades (GILLIER; SILVESTRE, 1970), chegando até 2,75 m (KETRING; REID, 1995).
Crescimento vegetativo
As plantas cultivadas, principalmente no Semiárido, estão sujeitas ao deficit hídrico, que geralmente ocasiona alterações metabólicas na planta. O grau de influência dessas modificações depende da sua intensidade e duração, e podem ocasionar os seguintes efeitos: redução do desenvolvimento celular, que provoca queda da expansão foliar; diminuição da transpiração e redução na translocação de fotoassimilados. Dessa forma, o deficit hídrico constitui o fator ambiental de maior potencial limitante para o desenvolvimento das culturas (HSIAO, 1973 citado por CORREIA; NOGUEIRA, 2004).
A ocorrência de estresse hídrico provoca modificações morfológicas facilmente observáveis na planta. Torna-se evidente a redução no comprimento da haste principal, dos ramos cotiledonares, dos entrenós, dos nós, bem como no número e no tamanho dos folíolos. Em virtude disso, ocorre também redução da matéria seca dos componentes vegetativos (PINTO et al., 2008; TÁVORA; MELO, 1991) e da taxa de crescimento da cultura (FOURRIER; PREVOT, 1958).
Vários autores também constataram redução das variáveis de crescimento do amendoim. Silva e Beltrão (2000), ao estudarem o incremento de fitomassa e a produtividade do amendoim de acordo com a lâmina e com os intervalos de irrigação, observaram redução na produção de fitomassa, cujo valor obtido foi de 336,78 g m-2 no menor tratamento, que recebeu 300 mm com turno de 6 dias.
Pinto et al. (2008), ao estudarem os ciclos de deficiência hídrica no crescimento e na distribuição do sistema radicular do amendoim, do gergelim e da mamona, constataram que esses ciclos reduziram o número de folhas e a área foliar do amendoim. Isso limita, com maior intensidade, o acúmulo de matéria seca da parte aérea, quando comparado ao do sistema radicular. Entretanto, o amendoim concentrou a maior proporção de raízes no estrato de solo de 0 cm a 25 cm (Figura 8).
Figura 8. Estratificação da matéria seca do sistema radicular de plantas de amendoim. Planta controle irrigada diariamente (I); planta submetida a ciclos de deficiência hídrica (E).
Fonte: adaptado de Pinto et al. (2008).
A planta do amendoim apresenta mecanismos fisiológicos de tolerância ao deficit hídrico, que podem ser evidenciados pelo aprofundamento de suas raízes com o objetivo de extrair água nas camadas mais profundas do solo, adiando a perda de turgidez durante a estação da seca (BOOTE et al., 1982; TÁVORA; MELO, 1991). Além disso, essa oleaginosa apresenta a capacidade de recuperação da atividade estomática à medida que a condição de deficit hídrico for sendo restabelecida (GUIMARÃES, 1993; NOGUEIRA et al., 2000; TÁVORA; MELO, 1991). Entretanto, os mecanismos de resistência à seca no amendoim são mais evidentes durante o período de crescimento vegetativo (PATEL; MISTRY, 1981), pois a redução da umidade do solo acarreta redução na produção (PATEL; MISTRY, 1981; SILVA; BELTRÃO, 2000).
Além desses artifícios, as plantas podem fazer uso do ajustamento osmótico, do acúmulo de prolina e da concentração de açúcares solúveis como mecanismos fisiológicos e moleculares que são relacionados à capacidade de resistência ao deficit hídrico (MULLER et al., 1995).
Nos estudos realizados por Nogueira et al. (1998) sobre o comportamento fisiológico de duas cultivares de amendoim, submetidas a diferentes regimes hídricos, foram constatados aumentos nos níveis de prolina nas duas cultivares quando submetidas à deficiência hídrica. Os autores constataram que é possível diferenciar a variação na concentração de prolina entre uma cultivar resistente e outra sensível à seca sem a necessidade de submetê-las ao estresse hídrico. Entretanto, quando submetidas à suspensão da irrigação, ocorreu acréscimo no acúmulo de prolina nas duas cultivares testadas (IAC Tupã e Nigéria 55437). Nesta última cultivar, considerada resistente à seca, a concentração de prolina foi consideravelmente maior que nas plantas controle.
Medidas do índice de área foliar e do índice da fitomassa via dados espectrais
O índice de área foliar (IAF) de uma cobertura vegetal, definido por Watson (1947) como a área foliar integrada do dossel por unidade de superfície projetada no solo (m2/m2), é computado ao considerar a superfície de apenas uma das faces das folhas. Esse índice é resultante das respostas ecofisiológicas das plantas aos seguintes fatores: condições químicas, físicas e biológicas do solo; condições do microclima; condições bióticas, tais como herbivoria e competição; e interdependências desses fatores nos diferentes estádios sucessivos da vegetação (WANDELLI; MARQUES FILHO, 1999).
O IAF é uma das características do crescimento que tem sido profundamente estudada, em termos de medidas de sensoriamento remoto, e correlacionadas com índice de vegetação. Assim, modelos teóricos e experimentais são sugeridos para estimar o IAF por meio de medidas de reflectância do dossel e relacioná-lo com o índice de vegetação. Entretanto, isso é dificultado quando se deseja encontrar um modelo que ajuste os dados experimentais do IAF, embora tal relação seja exigida.
Estudos realizados por Fideles Filho et al. (1997) sobre o índice da diferença normalizada (NDVI), computado pelas medidas de reflectância do dossel do amendoim e relacionado com o IAF (Figura 9), verificaram que, na ausência de folhas (IAF ≅ 0), o NDVI tem o valor equivalente ao da razão da reflectância do solo nas bandas do vermelho e do infravermelho próximas. Quando as folhas cresceram e aumentaram em número, o NDVI e o IAF aumentaram simultaneamente. Na Figura 9, observa-se ainda uma relação curvilínea do tipo exponencial entre o IAF e o NDVI. Com o acréscimo do IAF, há uma tendência de saturação, e essa tendência é óbvia porque o NDVI alcançou um platô em níveis elevados de IAF (superior a 3). Isso pode ser explicado pelo fato de, até determinado ponto do desenvolvimento da cultura, a cobertura do solo guardar estreita relação com o número de folhas e com a área foliar da cultura. A partir de tal ponto essa relação cai, pois há acréscimo da área foliar sem correspondente aumento de cobertura do solo. Isso cria alterações na reflectância da cultura, principalmente na banda TM4, que passa a portar informações de duas variáveis (IAF e cobertura do solo), com taxas diferenciadas de variação.
Figura 9. Relação entre o índice de vegetação da diferença normalizada (NDVI) e o índice de área foliar (IAF) para o amendoim irrigado.
Fonte: adaptado de Fideles Filho et al. (1997).
A equação ajustada para descrever a relação entre o índice de vegetação NDVI e o índice de área foliar (IAF), Figura 9, apresenta-se na seguinte forma:
NDVI = 0,847 [1 - 1,757 exp (-1,532 IAF)]
Em que NDVI se refere ao índice de vegetação e IAF é o índice de área foliar.
Segundo Fideles Filho (1997a), outro parâmetro agronômico de interesse que é possível de ser estudado com sensoriamento remoto é a fitomassa. Nesse estudo com amendoim irrigado, relacionou-se a fitomassa aérea com o índice espectral da diferença normalizada NDVI (Figura 10). Percebe-se que a fitomassa continua a aumentar mesmo depois de o índice NDVI ter alcançado o seu valor máximo. Levando-se em consideração que os dados espectrais foram obtidos a partir de espectrorradiômetros, e que os dados agronômicos foram obtidos em condições reais de cultivo, pode-se considerar que tais relações são relativamente bem ajustadas e que a técnica de sensoriamento remoto tem potencial para ser utilizada na estimativa da fitomassa aérea da cultura de amendoim, independentemente do tratamento hídrico.
O modelo assintótico do tipo Y = A/[1 - B EXP (C X)] foi o que melhor se ajustou à relação entre fitomassa aérea do amendoim e o NDVI.
A equação ajustada para descrever a relação entre a fitomassa aérea do amendoim e o índice de vegetação NDVI (Figura 10) apresenta-se da seguinte forma:
Y = 3,17121/[1 – 0,915204 EXP (0,09181 X)]
em que Y se refere à fitomassa aérea do amendoim e X é o índice da diferença normalizada NDVI.
Figura 10. Índice de vegetação (NDVI) versus fitomassa aérea da cultura de amendoim irrigado.
Fonte: adaptado de Fideles Filho et al. (1997).
Floração e frutificação
O florescimento do amendoim ocorre acima da superfície; entretanto, a formação dos frutos, bem como seu crescimento e desenvolvimento acontecem inteiramente no subsolo, a umaprofundidade de 3 cm a 6 cm, podendo estender-se até 30 cm (GOLOMBEK et al., 2001; ROBERTSON et al., 1980).
A produção de flores e o período da floração do amendoim são influenciados pela temperatura. Dessa forma, quando o cultivo é conduzido sob temperaturas que variam de 24 °C a 33 °C, reduz-se o número de flores e o período de floração. Além disso, a temperatura pode influenciar determinados períodos do ciclo da cultura. Em ambientes onde a temperatura situa-se acima dos 33 °C, principalmente no período em que ocorre a floração, haverá prejuízo na fertilização floral e, por conseguinte, na formação dos frutos. Em contrapartida, quando o cultivo ocorre em regiões de temperaturas mais baixas, ocorre elevação do número de flores e prolongamento do período de floração (KVIEN, 1995).
A temperatura também exerce influência sobre o período de maturação dos frutos do amendoim. Normalmente, nas regiões tropicais de clima quente, as cultivares necessitam de um período de tempo menor para a maturação dos frutos do que em regiões de maiores latitudes (NOGUEIRA; TÁVORA, 2005). Estudos conduzidos por Kvien (1995) submeteram a cultivar Florunner, do grupo Virgínia, ao cultivo sob temperaturas do solo de 21 °C, 27 °C e 35 °C. Com os resultados, constatou-se que, em temperaturas intermediárias de 27 °C, seria necessário maior espaço de tempo para a maturação dos frutos.
Além da temperatura, as plantas cultivadas são submetidas a diversos fatores estressantes de natureza biótica e abiótica, que podem causar modificações no crescimento, no metabolismo e no rendimento agrícola das culturas. Entre esses fatores, a deficiência hídrica tem importância fundamental para o cultivo do amendoim, que é cultivado em diversas regiões do mundo, nas quais se inclui o Semiárido nordestino, onde o total de precipitação pluviométrica e sua distribuição usualmente limitam o crescimento e a produção das culturas exploradas (GUIMARÃES, 1993; NOGUEIRA; SANTOS, 2000; PANDEY et al., 1984).
Existe uma série de pesquisas cuja finalidade é identificar modificações fisiológicas que possam ser associadas à resistência à seca em cultivares de amendoim. Essas pesquisas podem servir de base para identificação de genótipos resistentes. Na literatura, alguns experimentos são citados como indicadores dessas modificações fisiológicas na presença de estresse salino (CORREIA et al., 2005; GAUTREAU, 1978; TÁVORA et al., 1997), de estresse hídrico (GUIMARÃES, 1993; PINTO et al., 2008; TÁVORA et al., 1985; TÁVORA; MELO, 1991) e de concentração de prolina (GIROUSSE et al., 1996; LAWLOR; FOCK, 1977; NOGUEIRA et al., 1998; RIAZI et al., 1985; STEWART, 1972).
Produção
A produtividade das culturas de valor econômico é influenciada por diversos fatores ambientais, bióticos e abióticos, entre os quais se destaca a disponibilidade de água, que constitui um dos fatores climáticos mais significativos para o manejo do amendoim em condições de sequeiro. Entretanto, por causa das suas características morfológicas e fisiológicas, a cultura é bem adaptada à seca (ARAÚJO; FERREIRA, 1997).
O estresse abiótico é responsável pelo desenvolvimento de diversas mudanças metabólicas em plantas. Além das adaptações morfofisiológicas, como a reação ao estresse hídrico, pode ocorrer acumulação de ácidos orgânicos, açúcares e aminoácidos, que caracteriza o ajustamento osmótico. Esse ajustamento caracteriza-se por ser uma reação da planta que reduz o potencial osmótico celular pelo acúmulo de solutos orgânicos, o que contribui para a manutenção da absorção de água e da turgescência celular, e permite a ininterrupção de processos fisiológicos, como a abertura estomática, a fotossíntese e a expansão celular (SERRAJ; SINCLAIR, 2002).
A resposta do amendoim ao deficit hídrico ocorre de formas diferentes para cada fase do ciclo da cultura. O crescimento vegetativo é mais tolerante às condições de estresse que a fase de produção (PATEL; MISTRY, 1981). As pesquisas conduzidas acerca do efeito do deficit hídrico têm demonstrado que o período de floração e de enchimento dos frutos é bem mais sensível que a fase inicial de crescimento vegetativo e o início do processo de florescimento (SANTOS et al., 2005).
A tolerância ao estresse hídrico em regiões semiáridas tem sido estudada por alguns autores. Nas regiões com menores limitações à deficiência hídrica, o caráter tolerância é avaliado pelo desempenho agronômico geral das cultivares em condições de estresse (NOGUEIRA; SANTOS, 2000).
Estudos realizados por Silva et al. (1998) sobre o efeito do manejo da irrigação na qualidade da produção e na produtividade do amendoim ‘BR1’, em que foram aplicadas três lâminas de água (300 mm, 500 mm e 700 mm), com três intervalos de irrigação (2, 4 e 6 dias), os autores constataram que o menor rendimento foi obtido no tratamento com maior intervalo de irrigação. Os mesmos autores verificaram ainda que a produtividade de amendoim em grãos e em casca foi afetada tanto pela lâmina aplicada quanto pelo intervalo de irrigação. A produção em grãos variou entre 609 kg ha-1, na menor lâmina de água e no maior intervalo de irrigação, e 2.026 kg ha-1, no tratamento de 700 mm de água e em intervalo de irrigação de 4 dias. Para a produção em vagens, as variações foram de 970 kg ha-1 a 3.235 kg ha-1, respectivamente (Figura 11).
Figura 11. Superfície de resposta para produtividade de amendoim em casca (A) e grãos (B) de acordo com a lâmina e com o intervalo de irrigação.
Fonte: adaptado de Silva et al. (1998).
As funções de produção obtidas pelos autores foram:
Yg = 487,63 + 1,334.L + 168,28.I - 0,00032.L2 - 55,31.I2 + 0,3333.L.I
Yc = 603,08 + 3,625.L + 100,37.I - 0,0023.L2 - 57,6.I2 + 0,454.L.I
em que Yg é o rendimento esperado de grãos de amendoim (kg ha-1); Yc é o rendimento esperado de amendoim em casca (kg ha-1); L é a lâmina de água a ser aplicada em mm; I é o intervalo de irrigação em dias.
Estudos conduzidos por Nogueira e Santos (2000) acerca das alterações fisiológicas no amendoim submetido ao estresse hídrico concorreram para a seleção de genótipos por meio da quantificação da taxa de transpiração e do potencial de água das folhas. Os autores constataram que as maiores produções foram obtidas nos genótipos com menores potenciais hídricos foliares. Além disso, o baixo índice de área foliar, a precocidade e a capacidade de emissão de novas brotações foram identificados como mecanismos de adaptação ao estresse hídrico (GUIMARÃES, 1993).
A redução da produtividade do amendoim, quando a cultura foi submetida a condições de estresse hídrico, foi constatada por diversos autores (PALLAS et al., 1979; SILVA; BELTRÃO, 2000), os quais demonstraram a importância do suprimento hídrico na produção de amendoim. Quando aplicada de forma prolongada nas fases de floração e de frutificação, a deficiência hídrica reduziu drasticamente a produção.
Balanço de carbono
A produtividade agrícola das culturas exploradas é bastante dependente das condições em que ocorre o processo fotossintético. Nesse ciclo de reações, torna-se imprescindível a presença do dióxido de carbono, que, ausente ou em baixas concentrações, não permite que as plantas realizem a transformação da energia luminosa em fotoassimilados (VIDAL et al., 2005).
A produção de biomassa poderá ser incrementada linearmente com a radiação fotossinteticamente ativa que é absorvida pelo dossel da cultura. Esse processo, que é eficiente no controle de insetos e de patógenos, deve ocorrer sob condições ótimas de cultivo e com adequado suprimento de água e de nutrientes. A eficiência no uso da radiação (EUR) pode ser limitada pelos seguintes processos: fotossintético, respiração, interações fonte-dreno e transporte de fotoassimilados. Em amendoim, a EUR pode ser incrementada pelos seguintes fatores: suprimento adequado de água ao solo (COLLINO et al., 2001), consorciação de culturas (REDDY; WILLEY, 1981) e elevação do CO2 (CLIFFORD et al., 1993). No entanto, a eficiência da conversão de energia luminosa em energia química pode ser limitada também por interações complexas entre os processos fotoquímicos e bioquímicos da planta (AWAL; IKEDA, 2003).
A redução da capacidade fotossintética é uma importante resposta de adaptação ao estresse hídrico. De acordo com Lopes et al. (1998), o deficit hídrico reduz o índice de troca de CO2 e a sua condução para as folhas, além de reduzir a concentração desse elemento nos espaços intercelulares. Como o estômato controla a difusão de CO2 e de vapor de água, suas respostas à deficiência hídrica são fundamentais no controle da eficiência de assimilação de CO2 e da economia de água.
A ocorrência de estresse hídrico prolongado provoca redução da área foliar (CORREIA; NOGUEIRA, 2004; PINTO et al., 2008) e, consequentemente, da fotossíntese da planta. As taxas de fotossíntese e de acúmulo de matéria seca do amendoim estão inversamente relacionadas com o deficit de pressão de vapor da atmosfera (BOOTE; KETRING, 1990).
A redução na taxa fotossintética está relacionada à ocorrência de temperaturas elevadas e aos elevados períodos de deficit de pressão de vapor na atmosfera, fatores que contribuem para maximizar esse efeito quando ocorre deficiência hídrica no solo (TAIZ; ZEIGER, 2004). Segundo os mesmos autores, a queda da fotossíntese em condições de deficiência hídrica induz inicialmente ao fechamento dos estômatos. E, posteriormente, sob condições mais severas de estresse, outros fatores relacionados ao metabolismo do carbono e às reações fotoquímicas são afetados.
O principal fator ambiental que influencia a eficiência no uso da EUR é a temperatura (AWAL; IKEDA, 2003). Quando a temperatura do ar está muito baixa, ocorre redução da condutância estomática, o que provoca diminuição na assimilação de CO2. Esses efeitos causam menores valores de EUR em amendoim (BELL et al., 1994a, 1994b).
As condições ambientais de intensa radiação, alta temperatura e deficit de pressão de vapor poderiam provocar fotoinibição da fotossíntese em plantas de amendoim. Estudos realizados por Erismann et al. (2006) e Ketring et al. (1982), com a utilização de diferentes genótipos de amendoim, verificaram que a saturação luminosa ocorreu ao redor de 1.000 µmol m-2 s-1. A ocorrência da fotoinibição, associada ao funcionamento do FSII, causa o fechamento prolongado de mais de 40% dos centros de reação do FSII (ÖQUIST et al., 1992).
Estudos realizados por Vu (2005) a respeito do cultivo de amendoim sob condições controladas de CO2 em 360 µmol mol-1 não apresentaram diferença nos valores da taxa de assimilação líquida em plantas de amendoim, em temperaturas de 1,5 °C e 6,0 °C acima da temperatura ambiente (ca. 35 °C). Esses estudos relataram valores dessa variável de 32,4 µmol m-2 s-1 e 34,2 µmol m-2 s-1, respectivamente. Além disso, Bagnall et al. (1988) mostraram que as respostas da taxa de assimilação líquida de folhas individuais de amendoim são controladas pelo dreno. Os mesmos autores observaram ainda que houve pouca diferença na resposta imediata quando a temperatura da maior parte da planta (dreno) estava a 30 °C e quando a temperatura da folha (fonte) variava entre 15 °C e 30 °C. Entretanto, esses autores também sugeriram que, em temperaturas abaixo do ótimo (15 °C a 20 °C), o acúmulo de carboidratos nas folhas é o responsável pela diminuição da taxa de assimilação de CO2, podendo ser a causa principal da redução da taxa de crescimento das plantas. Nesse sentido, Kvien (1995) constatou que a temperatura ideal para o processo da fotossíntese, e, por conseguinte, para a produção de matéria seca, gira em torno dos 30 °C.
Além da temperatura, os estudos acerca da influência dos fatores ambientais sobre a fotossíntese do amendoim têm revelado grande correlação, principalmente quanto à disponibilidade de água no solo. Pesquisas conduzidas por vários autores constataram que a deficiência hídrica determina redução na capacidade de acúmulo de matéria seca (CORREIA; NOGUEIRA, 2004).
A redução da condutância estomática (NOGUEIRA, 1997; NOGUEIRA; SANTOS, 2000) é apontada por diversos autores como um dos principais efeitos da deficiência hídrica na fotossíntese. Estudos realizados por Annerose (1990) com a cultivar 73-30, em condições de campo, revelaram que a fotossíntese foi reduzida quando a condutância estomática caiu para valores abaixo de 1,0 cm s-1.
O deficit hídrico tem efeito em diversos processos fisiológicos das plantas, visto que geralmente aumenta a resistência difusiva ao vapor de água, mediante fechamento dos estômatos, além de reduzirem a transpiração e, consequentemente, o suprimento de CO2 para a fotossíntese. Muitos desses efeitos refletem mecanismos de adaptação das plantas ao ambiente (NOGUEIRA; SANTOS, 2000).
Marcadores moleculares no desenvolvimento de variedades adaptadas
A Embrapa Algodão vem realizando estudos com a utilização de marcadores, por serem mais produtivos, para identificação de genitores que possam ser utilizados no processo de melhoramento. Tais pesquisas geram grande contribuição para os melhoristas que utilizam descritores fenotípicos como ferramenta auxiliar na seleção de germoplasma (SANTOS et al., 2007).
Os marcadores moleculares, como o Randon Amplified Polymorfism DNA (RAPD), têm sido utilizados como base para estabelecer as relações filogenéticas, taxonômicas e de distâncias genéticas intra e interespecíficas em grupos vegetais. Portanto, constitui importante ferramenta de caracterização e uso de germoplasma em trabalhos de melhoramento genético (GAGLIARDI et al., 2004).
A avaliação das linhagens é realizada por meio da observação dos aspectos agronômico e fisiológico da cultura, em condições de sequeiro e em casa de vegetação. Além desses aspectos, têm sido utilizados os conhecimentos da biologia molecular, com o objetivo de aumentar a precisão na seleção dos progenitores, por intermédio do uso de marcadores genéticos (SANTOS, 2005).
Nesse sentido, realizaram-se vários cruzamentos com acessos de amendoim (CNPA 144 AM, CNPA 173 AM, CNPA 269 AM, CNPA 272 AM, CNPA 277 AM, CNPA 295 AM e CNPA 299 AM), a fim de analisar a variabilidade genética existente entre eles, como informação adicional para posterior indicação de progenitores em trabalhos de melhoramento. A identificação desses progenitores é de grande importância para os seguintes aspectos: a incorporação de incrementos na produção, a tolerância a doenças, a precocidade e a adaptação ao semiárido (PEREIRA et al., 2008). Além disso, tais pesquisadores, ao estudarem a variabilidade genética de acessos de amendoim do tipo Runner, com base em marcadores RAPD, citados anteriormente, concluíram que esses marcadores permitiram a formação de dois grupos de similaridade entre os acessos de amendoim do tipo Runner. Esses grupos podem ser utilizados como critério para a escolha de progenitores, o que irá contribuir para a geração de novas populações e ampliar a base genética dos genótipos utilizados no programa de melhoramento da cultura.
Santos et al. (2007) realizaram estudos com a utilização dos marcadores moleculares RAPD. O objetivo era identificar a similaridade genética de cinco linhagens avançadas de amendoim resistente à seca (L 100, L 137, L 55, L 78, L 9) e de duas cultivares: a 55 437 (resistente) e a IAC Caiapó (sensível). Os autores concluíram que as linhagens L 100, L 137 e L 55 possuem alta similaridade genética, o que acelera o processo de melhoramento para a característica de resistência à seca. A partir dessa constatação, foi possível realizar o enquadramento dessas linhagens como um bulk, e isso resultou em ganho de tempo no processo de seleção para a característica desejada.
Considerações finais
A cultura do amendoim é uma importante alternativa para o semiárido nordestino e apresenta grande potencialidade de adaptação às condições de clima e solo presentes na região. Com isso, é possível viabilizar soluções para que culturas não rentáveis e de menor valor nutricional, que são tradicionalmente cultivadas, sejam substituídas.
Essa oleaginosa tem grande capacidade de se desenvolver em condições de cultivo de sequeiro e irrigado. Pode ser cultivada durante todo o ano, o que contribui para a produção de forragem para consumo animal, bem como de óleo e de matéria-prima para a indústria alimentícia e para confeitaria. Essas vantagens agregam valor aos produtos beneficiados e contribuem para a geração de emprego e de renda na agricultura familiar.
Atualmente, a Embrapa vem desenvolvendo pesquisas que utilizam espécies agrícolas com alta capacidade de adaptação às adversidades ambientais. Nesse contexto, encontra-se o amendoim, que é uma cultura com grande potencial produtivo de gêneros primários para consumo in natura e para a indústria. Ademais, o amendoim possui capacidade de adaptação aos fatores estressantes e pode ser cultivado em todo o território brasileiro. Em consequência disso, a cultura apresenta grande importância socioeconômica para o País e representa uma opção altamente viável para a agricultura familiar, uma vez que promove a diversificação no que diz respeito a outras culturas e contribui para a autossustentabilidade da pequena propriedade agrícola.
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