Capítulo 6
Ecofisiologia
do pinhão-manso
(Jatropha curcas L.)

Napoleão Esberard de Macêdo Beltrão
Maria Isaura Pereira de Oliveira
Fábio Aquino de Albuquerque
Amanda Micheline Amador de Lucena

Introdução

A família Euphorbiaceae abrange aproximadamente 317 gêneros e 8 mil espécies. O gênero Jatropha é constituído por 175 espécies tropicais e subtropicais. Sua descrição botânica é a seguinte:

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Malpighiales

Família: Euphorbiaceae

Gênero: Jatropha

No conhecimento folclórico, o gênero Jatropha tem várias utilizações na medicina doméstica. O látex da planta pode ser usado como cicatrizante e hemostático, e também como purgante. As raízes são consideradas diuréticas e antileucêmicas. Por sua vez, as folhas são utilizadas para combater doenças de pele. Além disso, são eficazes também contra o reumatismo e possuem poder antissifilítico (JONES; MILLER, 1992). A casca dos pinhões pode ser usada como carvão vegetal e como matéria-prima na fabricação de papel. Já as sementes produzem óleo (Figura 1), que serve como matéria-prima para produção de biodiesel (FOIDL et al., 1996), além de servir para outros usos industriais.

Figura 1

Figura 1. Estrutura orgânica do óleo de Jatropha curcas L.

A planta de pinhão-manso (J. curcas L.) bem como suas sementes são tóxicas para animais e para humanos. Entre as substâncias tóxicas nela presentes destacam-se a curcina (uma toxoalbumina), inibidores de tripsina, ésteres do forbol 12-deoxi-16-hidroxiforbol (Figura 2), entre outros (CHEN et al., 1988; MENEZES et al., 2006; STIRPE et al., 1976). Alguns esforços têm sido empenhados no intuito de remover esses fatores antinutricionais (HAAS; MITTELBALCH, 2000). No entanto, os ésteres de forbol, principais componentes tóxicos encontrados no pinhão-manso, decompõem-se com rapidez, pois são sensíveis a temperaturas elevadas, à luz e ao oxigênio atmosférico (NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH, 2007). No México, foram encontrados acessos de pinhão-manso com baixos conteúdos ou com nenhum conteúdo de ésteres de forbol (MARTINEZ-HERRERA et al., 2006). Dessa forma, o pinhão-manso pode ser uma fonte potencial de óleo para consumo humano, e a torta pode ser uma boa fonte de proteína tanto para humanos como para o gado.

Figura 2

Figura 2. Estrutura química do éster de forbol.

A origem do pinhão-manso é bastante controversa. Martin e Mayeux (1984) colocaram o Estado do Ceará no Brasil como um centro de origem, mas sem apresentarem qualquer argumento. Acredita-se que o pinhão-manso proceda da América do Sul, que seja provavelmente originário do Brasil, e que tenha sido introduzido por navegadores portugueses nas ilhas do arquipélago de Cabo Verde e na Guiné, de onde foi disseminado pelo continente africano (Figura 3).

Figura 3

Figura 3. Centro de origem e distribuição do pinhão-manso.

Fonte: Heller (1996).

O pinhão-manso está distribuído em regiões tropicais de todo o globo, e, atualmente, é encontrado em quase todas as regiões inter­tro­picais. Sua ocorrência estende-se desde a América Central, Índia, Filipi­nas e Timor, até as zonas temperadas, em menor proporção. No Brasil, o pinhão-manso ocorre praticamente em todas as regiões, sempre de for­ma dispersa, e adapta-se às mais variáveis condições edafoclimáticas. A maioria das espécies botânicas do gênero Jatropha ocorre em áreas de vegetação da Caatinga e em áreas secas do Cerrado brasileiro (Figuras 4A e 4B) (DRUMMOND et al., 1984; EPAMIG, 2003), e propaga-se, sobre­tudo, pelos estados da região Nordeste, bem como pelos estados de Goiás e de Minas Gerais.

O Nordeste brasileiro apresenta características climáticas bastante diferenciadas das demais regiões do País. O semiárido nordestino é caracterizado pelo balanço hídrico negativo, com precipitações médias anuais inferiores a 800 mm, insolação média de 2.800 horas ano-1 e temperaturas médias anuais que variam de 23 °C a 27 °C. Em virtude disso, há poucas opções agrícolas rentáveis que sustentem os produtores nas áreas rurais (SUDENE, 1996). Esse ambiente é denominado Caatinga (Figura 4a) e abrange os seguintes estados: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, sul e leste do Piauí e norte de Minas Gerais.

Por sua vez, o complexo vegetacional do Cerrado está localizado no Planalto Central (Figura 4b) e ocupa toda a área central do Brasil. Esse bioma inclui os seguintes estados: Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, sul de Mato Grosso, oeste e norte de Minas Gerais, oeste da Bahia e Distrito Federal. O Cerrado é a segunda maior formação vegetal brasileira.

Figura 4

Figura 4. Distribuição do pinhão-manso pelos biomas brasileiros: (A) Caatinga; (B) Cerrado.

Fonte: adaptado de WWF-Brasil (2008a, 2008b).

O Cerrado ocupa uma superfície de pouco mais de 2 milhões de quilômetros quadrados e apresenta relevo variado, embora predominem os amplos planaltos. Metade da área do bioma situa-se entre 300 m e 600 m acima do nível do mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900 m. Em pelo menos dois terços da região, o inverno é demarcado por um período de seca que se prolonga por 5 a 6 meses. O clima é sazonal, com invernos secos e verões chuvosos e com precipitação média anual de 1.500 mm.

Aspectos morfofisiológicos do caule e das folhas de pinhão-manso

O pinhão-manso é um arbusto ou árvore que alcança uma altura de até 5 m, possui caule liso (Figura 5), de lenho mole e medula desenvolvida, mas pouco resistente.

Figura 5

Figura 5. Caule de pinhão-manso.

Foto: Maria Isaura Pereira de Oliveira

Oliveira et al. (2008c) mostram um corte transversal do caule de pinhão-manso (Figuras 6 e 7), no qual se pode observar a epiderme, o córtex, o câmbio vascular e a medula. A epiderme é unisseriada e apresenta cutícula. O córtex, por sua vez, é a região de sistema fundamental que se localiza abaixo da epiderme, externa ao câmbio vascular (Figura 7). Na parte interior do câmbio vascular, na medula (Figura 7), existe sistema fundamental também, mas não ocorre colênquima nessa região, que apresenta tecidos parenquimáticos (Figu­ra 6). As células são aproximadamente isodiamétricas, com espaços intercelulares pequenos. As células do parênquima podem apresentar características especiais para facilitar, por exemplo, suas funções de síntese, de reserva e de transporte. No entanto, a ocorrência do parên­quima em caules jovens de pinhão-manso tem como função principal a realização de fotossíntese.

Figura 6

Figura 6. Caule de pinhão-manso. Diagrama de seção transversal. EP = epiderme; SU = súber; PA = parênquima; CV = câmbio vascular; SC = estrutura secretora; FV = feixe vascular.

Fonte: Oliveira et al. (2008c).

Foto: Maria do Socorro Rocha

Figura 7

Figura 7. Caule de pinhão-manso em seção transversal. FM = floema primário; MD = medula parenquimática; MX = metaxilema; PE = tecido precursor do periciclo esclerenquimático; PX = proxilema.

Fonte: Oliveira et al. (2008c).

Foto: Maria do Socorro Rocha

Segundo Peixoto (1973), as folhas do pinhão-manso são verdes, alternas, longo-pecioladas, cordiformes, levemente lobadas, com cinco lobos (Figura 8). As folhas têm limbo de até 18 cm de comprimento, menor que o pecíolo, cujo comprimento varia de 6 cm a 15 cm, por igual largura. A folha possui âmbito oval orbicular, geralmente trilobado ou inteiro, com base cordada e lobos triangulares e agudos, menores que a parte não dividida.

Figura 8

Figura 8. Planta de pinhão-manso, com folhas, flores e frutos. Fazenda Estivas, Garanhuns, PE, 2008.

Fonte: Oliveira et al. (2008c).

Foto: Amanda Micheline Amador de Lucena

A determinação da área foliar de plantas é uma importante ação que permite ao pesquisador obter indicativo de resposta de tratamentos aplicados e lidar com uma variável que se relaciona diretamente com a capacidade fotossintética e de interceptação da luz, interfere na cobertura do solo, na competição com outras plantas e em várias características (SEVERINO et al., 2004). Severino et al. (2006d) desen­volveram duas equações para o cálculo de área foliar. A primeira equação (A = 0,84(PxL)0,99) utiliza duas variáveis, nervura principal (P) e largura (L). A segunda equação (A = 1,00Lx1,87) utiliza apenas uma variável, a largura da folha. Ambas as fórmulas apresentaram alto coeficiente de determinação e boa estabilidade para medição de folhas pequenas, médias e grandes.

Segundo Oliveira et al. (2008c), os feixes que formam o sistema vascular da folha de pinhão-manso, chamados de nervuras, apresentam diferentes padrões de distribuição ou nervação e dimensões variadas no limbo (pequeno, médio ou grande porte). A nervura principal (Figura 9), que possui estrutura variável, é um exemplo de feixe de grande porte. Na espécie J. curcas L., a nervura principal pode apresentar colênquima subepidérmico, parênquima, endoderme e esclerênquima, envolvendo parcialmente ou totalmente os tecidos vasculares, xilema e floema (Figura 10), e pode apresentar colênquima subepidérmico, parênquima, endoderme, escle­rênquima.

Figura 9

Figura 9. Folha de pinhão-manso. Nervura principal (P).

Foto: Maria Isaura Pereira de Oliveira

Oliveira et al. (2008c) relatam que os complexos estomáticos são estruturas epidérmicas que facilitam as trocas gasosas de vapor de água entre a planta e o meio. São constituídos de células anexas (também chamadas de subsidiárias ou adjuntas), de estômato e, frequentemente, de câmara subestomática (Figura 10). Em folhas de J. curcas L., a célula-guarda comumente apresenta formato reniforme (Figura 11). Com base na relação entre as células subsidiárias, o estômato de pinhão-manso é classificado como paracítico, e é formado por duas células denominadas células-guarda ou oclusoras. Em virtude do fato de o pinhão-manso ser uma planta adaptada a ambientes secos, os estômatos (Figura 11) estão localizados em depressões na superfície da epiderme. Essas depressões são cobertas de tricomas e são denominadas câmaras ou criptas subes­tomáticas. Elas têm a função de diminuir a perda excessiva de água e reduzir o contato da superfície do estômato com o vento.

Figura 10

Figura 10. Folha de pinhão-manso. Detalhe anatômico da nervura principal e da parte da lâmina do limbo. XI = xilema; EQ = esclerênquima; CL = colênquima; FM = floema.

Fonte: Oliveira et al. (2008c).

Foto: Maria do Socorro Rocha

Figura 11

Figura 11. Complexo estomático do cloroplasto de pinhão-manso em vista frontal. CO = célula epidérmica comum; FE = fenda estomática; CD = célula-guarda; CX = célula anexa; ET = espaçamento parietal da célula-guarda.

Fonte: Oliveira et al. (2008c).

Fotos: Maria do Socorro Rocha

O exato relacionamento entre o vento e a transpiração, entretanto, varia grandemente com as espécies. O efeito do vento sobre a transpiração pode também variar de acordo com a temperatura e com a umidade do ar que incide sobre as plantas, e pode atingir cerca de 6% da perda total de água de uma cultura anual. Porém, com valores maiores e sob condições áridas, ocorre rápido secamento das plantas. A fotossíntese aumenta com o suprimento de CO2, que, por sua vez, é favorecido pela turbulência. Altas velocidades são prejudiciais ao crescimento das plantas. Além disso, folhas danificadas pelo vento têm a sua capacidade de translocação e de fotossíntese reduzida (ASSIS, 2008).

As células anexas, que envolvem parcial ou totalmente o estômato (Figura 11), variam em número e em formato. Os estômatos sempre são acompanhados por células anexas, que se identificam pelo formato ou pela constância em número (OLIVEIRA et al., 2008c). Cada abertura estomatal na folha leva a um espaço de ar no qual a troca gasosa ocorre nas paredes celulares das células circundantes. Esse espaço é saturado de umidade e, desde que os estômatos estejam abertos, o vapor d’água flui de dentro para fora das folhas. Quando não há movimento de ar saturado para fora dos estômatos, cria-se uma camada limítrofe de ar saturado ao redor da superfície da folha. O movimento do ar remove a camada de água que fica sobre a superfície das folhas da planta, o que aumenta a transpiração e a perda total de água da planta.

Da primeira inflorescência ao primeiro fruto

A inflorescência do pinhão-manso é constituída dos órgãos reprodutivos da planta, os quais darão origem aos componentes vegetais que originam o cacho e, consequentemente, as sementes (Figura 8). As inflorescências do pinhão-manso surgem junto com as folhas novas. A primeira surge no ápice do caule, enquanto as demais surgem dos ramos secundários, terciários, quaternários, etc. O número de flores femininas e a fertilização determinam o número de frutos e de sementes que eventualmente serão desenvolvidos. Heller (1996) relata haver uma forte correlação entre a produção e o crescimento vegetativo, revelada pelo número total de flores produzidas.

Segundo Oliveira et al. (2008a), o florescimento é uma das fases fenológicas mais importantes para a cultura de pinhão-manso e para a produção de óleo. O número de flores femininas e a fertilização deter­minam o número de frutos e de sementes que eventualmente serão desenvolvidos. Heller (1996) relata haver uma forte correlação entre a produção e o crescimento vegetativo, revelada pelo número total de flores produzidas.

O pinhão-manso é uma planta monoica, que produz flores em inflorescências diacrasiais. Normalmente, as flores são unissexuais, com flores masculinas e femininas produzidas na mesma inflorescência. Em alguns casos, apenas flores masculinas são produzidas em uma inflores­cência. Apresenta polinização cruzada, primordialmente entomófila, entre diferentes flores da mesma planta ou de plantas diferentes, que sejam parcialmente autocompatíveis e necessitem de polinizadores.

Nas Figuras 8 e 12, observam-se inflorescências do pinhão-manso, que são do tipo panícula em cimeira definida, isto é, apresentam um eixo principal com eixos secundários e formam flores pedunculadas. As flores são pequenas e de cor amarelo-esverdeada. As flores femininas dispõem-se nas extremidades das ramificações, e as masculinas, nas ramificações, diferenciando-se pela ausência de pedúnculo articulado nas femininas, que são largamente pedunculadas (Figura 12). Ocasional­mente ocorrem flores hermafroditas.

A expressão do sexo nas plantas de pinhão-manso é complexa. Em uma inflorescência, as flores femininas ocorrem em um percentual que varia de 10% a 20%. Nas flores masculinas, que ocupam posição estratégica na inflorescência, esse percentual varia de 80% a 90% (Figuras 12a e 12b).

Figura 12

Figura 12. Inflorescência (racemo) de pinhão-manso (A) e aspecto morfológico do racemo (B).

Foto: Maria Isaura Pereira de Oliveira

Ilustração: Maria Isaura Pereira de Oliveira

Segundo Prakash et al. (2007), as flores masculinas desabrocham por um período de 8 a 10 dias, enquanto as flores femininas, por 5 a 12 dias. O ciclo de vida da flor masculina é de aproximadamente 2 dias e o da flor feminina de 2 a 4 dias. A viabilidade máxima do pólen é maior nas primeiras 9 horas após a abertura da flor e diminui até as últimas 33 horas. Pode-se ter pólen viável até 48 horas após a abertura da flor. A maior receptividade estigmática ocorreu do primeiro ao quarto dia e começou a decrescer a partir do quinto dia, permanecendo, entretanto, até o nono dia. A partir desse período, o estigma não estava mais receptivo (KUN et al., 2007).

Oliveira et al. (2008c) informam que, na estrutura mais interna da flor feminina (Figura 13b), visualizam-se estilete, estigma, ovário e glândulas nectaríferas. A flor feminina apresenta ovário com três carpelos (tricarpelar) (Figura 13c), cada um com um lóculo, que produz um óvulo com três estigmas bifurcados (trilocular). Nas análises morfológica e anatômica, registraram-se características que corroboram os dados apresentados por Dehgan e Webster (1979 citados por OLIVEIRA et al., 2008c).

Figura 13

Figura 13. Pinhão-manso. (A) Inflorescência (FM = flor masculina; FF = flor feminina); (B) Vista lateral da estrutura mais interna da flor feminina (ES = estigma; ET = estilete; OV = ovário; GN = glândulas de néctar); (C) Ovário trilocular e tricarpelar.

Fonte: Oliveira et al. (2008c).

Fotos: Maria do Socorro Rocha

Frutificação, sementes e germinação

O fruto é capsular ovoide, com diâmetro de 1,5 cm a 3,0 cm. É trilocular, com uma semente em cada cavidade, formado por um pericarpo ou casca dura e lenhosa, deiscente. Inicialmente possui coloração verde, mas, quando atinge a maturação, apresenta cor ama­rela, castanha e, por fim, preta. Em virtude da emissão sequencial de inflorescências, a formação dos frutos de uma lavoura não ocorre ao mesmo tempo e, numa mesma planta, há frutos com diferentes idades e estádios de maturação (Figura 14).

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Figura 14. Frutos de pinhão em diferentes estádios de maturação: (A) epicarpo suculento de coloração verde; (B) epicarpo suculento de coloração amarela; (C) epicarpo seco de coloração marrom-escura.

Fotos: Maria Isaura Pereira de Oliveira

O momento de colheita dos frutos de pinhão-manso é um importante fator na determinação da qualidade fisiológica das sementes, fato que pode refletir no percentual de emergência das sementes e na fitomassa produzida pelas plântulas. De acordo com Pereira et al. (2007), essa espécie é propagada principalmente por sementes, cuja qualidade é a base para que se obtenha estande adequado e lavouras uniformes, constituídas por plantas vigorosas e sadias.

Conforme o tamanho do fruto, sua massa compõe-se de 53% a 62% de sementes e de 38% a 47% de casca (Figura 15). Dentro das sementes, encontra-se um albúmen branco, rico em óleo (aproxima­damente 60,8%), composto basicamente por 14,3% de ácido palmítico, 5,1% de ácido esteárico, 41,1% de ácido oleico e 38,1% de ácido linoleico (SILVA, 2007).

De acordo com Albuquerque et al. (2008a), obteve-se emergência máxima em sementes provenientes de frutos secos, colhidos totalmente maduros, os quais apresentavam epicarpo com coloração externa marrom-escura, que não diferiu estatisticamente da emergência obtida em sementes retiradas de frutos com epicarpo de coloração externa amarela e preta (rajados). A menor porcentagem de emergência foi constatada em sementes retiradas dos frutos com epicarpo de coloração externa amarela (Figura 15). Essa variável é considerada um teste de vigor da semente (CARVALHO; NAKAGAWA, 2000). Dessa forma, pode-se inferir que as sementes oriundas de frutos com epicarpos secos, ou com epicarpos de coloração marrom-escura e rajados, apresentam-se mais vigorosas que aquelas sementes dos frutos com epicarpo de coloração amarelada.

Figura 15

Figura 15. Fruto e sementes de pinhão em diferentes estádios de maturação e com variações na coloração externa do epicarpo: V = verde, A = amarela, R = rajada, S = seco.

Fotos: Amanda Micheline Amador de Lucena

Em estudos conduzidos em campos de pinhão-manso nos muni­cípios de Garanhuns, PE, e de Itaporanga, PB, as sementes apresentaram em média 17,9 mm de comprimento e 10,80 mm da menor largura, e média de 17,60 mm de comprimento e 10,67 mm da menor largura, respectivamente (ALBUQUERQUE et al., 2008b).

As sementes dos dois acessos apresentaram tegumento rijo, quebradiço, de fratura resinosa. Debaixo do invólucro da semente, existe uma película branca cobrindo a amêndoa. O albúmen branco (Figura 16), que contém o embrião, é provido de dois largos cotilédones achatados e ovalados (ALBUQUERQUE et al., 2008b), com nervação marcada e eixo hipocótilo-radícula, cilíndrico e reto (NUNES, 2007).

Figura 16

Figura 16. Semente de pinhão-manso e aspectos morfológicos da semente.

Foto: Amanda Micheline Amador de Lucena

Os teores médios de óleo encontrados em amostras de sementes coletadas nos municípios de Itaporanga, PB, e de Garanhuns, PE, foram de 33,0% e 36,18%, respectivamente. Esses valores não divergem muito daqueles encontrados por Lucena et al. (2008) em amostras de sementes dos seguintes acessos: Novo Cruzeiro, MG (29,38%), Floriano, PI (34,37%), Crateús, CE (33,91%), Banavit, MG (35,32%) e Januário (31,55%).

Acessos de pinhão-manso coletados de diferentes locais na Índia apresentaram diferenças significativas nos teores de óleo e no peso de sementes e de amêndoas. Os melhores resultados foram obtidos a partir de materiais provenientes de Chindwara, os quais apresentaram maior produtividade e máximo teor de óleo (39,12%) na semente inteira e 58,12% na amêndoa. A quantidade de óleo variou de 33,02% a 39,12% em sementes inteiras e de 47,08% a 58,12% nas amêndoas. Os materiais provenientes de Kundam, de Jabalpur, de Bichia, de Niwas e de Nasik (Maharashtra) também tiveram rendimento satisfatório na produção de óleo. Essas diferenças resultaram em plantas com performance diferente em campo. Esse fato evidenciou uma correlação positiva entre maior teor de óleo e rendimento agronômico (GINWAL et al., 2004).

Segundo Nunes (2007), o processo de germinação inicia-se pelo intumescimento da semente, seguido de ruptura do tegumento e de surgimento da radícula próximo à região microcapilar (Figuras 17a e 17b), e consequente desenvolvimento da raiz. Normalmente cinco raízes são formadas, uma central e quatro periféricas. Essas raízes periféricas desenvolvem-se a partir do colo (Figura 18).

Figura 17

Figura 17. Aspecto morfológico da germinação de pinhão-manso.

Fonte: adaptado de Nunes (2007).

Ilustração: Dalilhia Nazaré dos Santos

Figura 18

Figura 18. Sistema radicular de plântulas de pinhão-manso.

Foto: Amanda Micheline Amador de Lucena

A raiz principal (Figura 17c) é curta, espessa, de coloração verde-clara e demonstra rápido desenvolvimento. Apresenta-se cilíndrica, tenra e quebradiça. À medida que ocorre o seu alongamento, a base torna-se mais espessa, afunilando-se em direção à coifa de coloração amarela. As raízes periféricas (Figura 17d) apresentam características semelhantes às da central (NUNES, 2007).

Simultaneamente à formação do sistema radicular, ocorre o desenvolvimento do hipocótilo que possui as seguintes características: coloração branco-esverdeada (Figura 17E), tenro, glabro, espesso na inserção com as raízes, tendendo a afinar-se à medida que se aproxima da inserção com os cotilédones. Estes, por sua vez, são envolvidos inteiramente pelo endosperma (Figura 17d). Por volta de 7 dias após a emissão da radícula, as folhas cotiledonares estão completamente expandidas (Figura 17E). A germinação é do tipo epígea, e a duração do processo germinativo e do desenvolvimento da plântula varia de 15 a 30 dias (NUNES, 2007).

O processo de germinação é alterado por uma série de fatores intrínsecos e extrínsecos, entre os quais estão a umidade, a temperatura, a luz, o oxigênio e o substrato. A temperatura pode determinar o estado de dormência e, ao mesmo tempo, modular a germinação de sementes não dormentes. Além da temperatura, outros fatores podem causar mudanças no estado de dormência, como, por exemplo, a presença ou ausência de luz e a disponibilidade de água.

Sob deficit hídrico, as sementes podem iniciar o processo de ger­minação sem emergirem, em virtude do dessecamento das radículas (Figura 19). Apesar de ser considerada uma planta de elevada resistência a períodos de estiagem, tem-se verificado que a disponibilidade de água, além de ser um fator limitante, é essencial na fase inicial, principalmente na emergência das plântulas.

Figura 19

Figura 19. Sementes de pinhão-manso que germinaram e não emergiram em consequência do deficit hídrico.

Fotos: Amanda Micheline Amador de Lucena

Dos diversos fatores ambientais capazes de influenciar o processo germinativo de sementes, a qualidade inicial e a (in)disponibilidade de água constituem fatores essenciais e limitantes à iniciação da germinação de sementes. De igual modo, esses fatores estão envolvidos direta ou indiretamente em todas as demais etapas do metabolismo subsequente, seguindo a ativação do ciclo celular e, consequentemente, do cresci­mento.

Como resultado do deficit hídrico, há geralmente elevação de sais solúveis (salinidade) do meio, o que também pode influenciar significa­tivamente a resposta germinativa de pinhão-manso. Geralmente, as plantas são mais sensíveis à salinidade durante a fase de germinação e nos primeiros estádios de crescimento, e essa sensibilidade depende da espécie vegetal e do tipo de sal existente no solo. Vale et al. (2006) avaliaram o comportamento do pinhão-manso, quando submetido a níveis crescentes (0,06; 0,90; 1,6; 2,3; 3,0 e 4,2 dS m-1) de salinidade da água de irrigação na fase inicial do crescimento. Os autores concluíram que o pinhão-manso, aos 30 dias após a emergência, mostrou-se uma espécie sensível à salinidade da água de irrigação. Mesmo níveis baixos de salinidade, como 0,90 dS m-1, são capazes de reduzir o crescimento da planta.

Santos et al. (2008) avaliaram o desenvolvimento de mudas de pinhão-manso em diferentes concentrações de cloreto de sódio (1,01; 2,95; 5,36; 9,06 e 14,55 dS m-3) e concluíram que, à medida que a concentração de sais aumentava, a salinidade interferia na porcentagem de germinação, no índice de velocidade de germinação, na altura da parte aérea, no diâmetro do caule, no peso da matéria fresca e no peso da matéria seca do pinhão-manso. No entanto, pode-se dizer que, mesmo interferindo no desenvolvimento de sementes e mudas, Santos et al. (2008) observaram plântulas normais para todos os tratamentos, sugerindo que o pinhão-manso apresenta uma tolerância a estresse salino, uma vez que os autores observaram também comportamento similar entre plântulas que se desenvolveram em concentração salina de cloreto de sódio de 2,95 dS m-3 e plântulas que se desenvolveram na ausência de estresse salino, fato que indica que essa cultura pode ser implantada em regiões que apresentem problemas de salinidade.

Uma das explicações mais aceitas para a inibição do crescimento pelo sal é o desvio de energia do crescimento para a manutenção, isto é, a redução na matéria seca pode refletir no custo metabólico de energia, associado à adaptação à salinidade e à redução no ganho de carbono (RICHARDSON et al., 1974). Dessa forma, pode-se incluir a regulação do transporte e a distribuição iônica em vários órgãos. Dentro das células, ocorre a síntese de solutos orgânicos para a osmorregulação e/ou proteção de macromoléculas e a manutenção da integridade das membranas. Assim, a menor redução no crescimento do genótipo tolerante pode estar associada, entre outros fatores, a um menor custo energético para osmorregulação, o qual pode ser conseguido por meio da acumulação e da compartimentação de solutos inorgânicos no vacúolo e de solutos orgânicos no citoplasma (TAL, 1985).

O crescimento vigoroso de uma planta pode provocar queda da produtividade, em razão não apenas da demanda de nutrientes pelas partes vegetativas e pelo autossombreamento, mas também pelas dificuldades existentes na execução dos tratos culturais e da colheita (SILVA et al., 1981).

Os reguladores de crescimento são substâncias químicas naturais ou sintéticas que podem ser aplicadas diretamente nos vegetais para alterar os processos vitais ou estruturais, por meio de modificações no balanço hormonal das plantas. Com isso, espera-se aumentar a produção, melhorar a qualidade ou facilitar a colheita (LAMAS, 2001). Vários reguladores de crescimento surgiram no mercado, destacando-se o cloreto de mepiquat (Cloreto 1,1-dimetil piperidíneo), comercialmente denominado Pix (GUTHRIE et al., 1995). Esse produto inibe a biossíntese do ácido giberélico, o que resulta em redução do crescimento, em razão da menor elongação celular (LAMAS, 2001). É um produto sistêmico absorvido pelas partes verdes da planta e transportado pelo xilema e pelo floema, além de ser distribuído uniformemente ao longo da planta (REDDY et al., 1992). De outro modo, as giberelinas promovem o crescimento pelo aumento da plasticidade da parede celular, seguido pela hidrólise do amido em açúcar, o qual reduz o potencial hídrico na célula. Esse fato resulta na entrada de água no seu interior e na promoção do alongamento. Os passos básicos envolvidos nesse mecanismo são: a giberelina (GA3), produzida no embrião, é transferida para a camada de aleuroma das células, onde a α-amilase é produzida via síntese de novo, e esta promove a conversão do amido em açúcar, utilizado em processos de crescimento da plântula (ARTECA, 1996).

Figura 20

Figura 20. Plantas de pinhão-manso, acesso Garanhuns, PE, aos 20 dias após a emergência. Plantas seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Fonte: Oliveira et al. (2008b).

Foto: Maria Isaura Pereira de Oliveira

Segundo Oliveira et al. (2008b), o tratamento de sementes de pinhão-manso com cloreto de mepiquat promove menor crescimento em altura das plantas de pinhão-manso no período de 20 dias após a emergência (Figura 20), além de influenciar no acúmulo de açúcares solúveis (Figura 21) e de amido (Figura 22) em folhas nos tratamentos que receberam o regulador de crescimento, comparado às folhas das plantas (testemunha) que não receberam o regulador de crescimento. A inibição do processo de biossíntese de giberelinas pela aplicação desse produto nas sementes de pinhão-manso auxilia na explicação dos resultados obtidos nesse estudo.

Figura 21

Figura 21. Conteúdo médio de açúcares solúveis em folhas de pinhão-manso, acesso Garanhuns, PE, oriundas de sementes tratadas com cloreto de mepiquat. Test (testemunha): embebição em água destilada; Trat (tratamento) 1: sementes embebidas em 2,5 g i.a. L-1; Trat 2: sementes embebidas em 7,5 g i.a. L-1; Trat 3: sementes embebidas em 12,5 g i.a. L-1 da solução de cloreto de mepiquat. Colunas seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Fonte: Oliveira et al. (2008b).

Figura 22

Figura 22. Conteúdo médio de amido em folhas de mamoneira pinhão-manso acesso Garanhuns, PE, oriundas de sementes tratadas com cloreto de mepiquat. Test (testemunha): embebição em água destilada; Trat (tratamento) 1: sementes embebidas em 2,5 g i.a. L-1; Trat 2: sementes embebidas em 7,5 g i.a. L-1; Trat 3: sementes embebidas em 12,5 g i.a. L-1 da solução de cloreto de mepiquat. Colunas seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Fonte: Oliveira et al. (2008b).

As giberelinas promovem a produção e/ou secreção de várias enzimas hidrolíticas envolvidas na solubilização das reservas, princi­palmente da α-amilase, que hidrolisa amido em açúcares, os quais serão translocados via floema, da fonte para drenos específicos. Atualmente, existem estudos confirmando que a giberelina atua na indução da expressão do gene da α-amilase. Tais estudos demonstraram que a gibe­relina aumenta tanto o nível quanto a atividade do fator de transcrição proteico que desencadeia a produção do mRNA da α-amilase. Esse aumento ocorre pelo fato de a giberelina ligar-se a um elemento de regulação upstream da região promotora do gene para α-amilase.

Atualmente, o cultivo do pinhão-manso, embora incipiente, está em expansão. A maioria dos plantios é jovem e ainda não atingiu o estado produtivo. A formação do estande, com qualidade, uniformidade e precocidade produtiva, depende da produção de mudas de qualidade.

A propagação do pinhão-manso pode ser feita por meio de estacas ou sementes. Nos resultados obtidos por Severino et al. (2006c), as mudas de estacas têm a vantagem de ser mais precoces; no entanto, geram plantas com sistema radicular deficiente, sem a raiz pivotante, limitando-se apenas a raízes secundárias e superficiais, o que deixa a planta sujeita ao tombamento e mais sensível à falta de água e de nutrientes do solo. Além disso, mudas obtidas de sementes, apesar de serem mais desuniformes e menos precoces, geram plantas com sistema radicular mais vigoroso, o que permite maior tolerância à seca e melhor aproveitamento dos nutrientes.

As mudas oriundas de sementes devem permanecer na sementeira até atingirem de 10 cm a 12 cm de altura, quando passam pela fase de transição de herbácea para lenhosa (Figura 23a), para posteriormente serem transplantadas para o viveiro ou diretamente para o campo de cultivo (Figura 23b).

Figura 23

Figura 23. Estação experimental da Embrapa Algodão (Patos, PB, 2008). Produção de mudas (A); plantio das mudas no campo (B).

Fotos: Liv Soares Severino

Plântulas de pinhão-manso, provenientes de sementes separadas em classes de acordo com o peso, têm a germinação e o crescimento inicial superiores em sementes mais pesadas. Severino et al. (2006a), ao compararem as sementes das classes 0,40 g e 0,68 g, observaram que o percentual de emergência aumentou de 10% para 84%, o índice de velocidade de emergência subiu de 0,13 para 1,69, e o peso seco da parte aérea passou de 78 mg planta-1 para 223,0 mg planta-1. Os autores concluíram que o peso da semente de pinhão-manso pode ser utilizado como critério de qualidade para sua comercialização ou, ainda, considerado na formação de lotes para o plantio, com o objetivo de obter plantas com germinação e crescimento mais uniformes, seja no campo seja no viveiro de produção de mudas.

Para a produção de mudas de pinhão-manso, não existe uma for­mulação de substrato recomendada. Severino et al. (2006b) sugerem o uso do esterco bovino, de casca de arroz e de mucilagem de sisal em mistura com terra, em partes iguais (v/v), enriquecidos ou não com fertilizante mineral. Esses constituintes podem propiciar condições ade­quadas, tanto no aspecto físico quanto no nutricional, para a obtenção de mudas de pinhão-manso em saquinhos ou em tubetes com alto pa­drão de qualidade.

Beltrão et al. (2007) avaliaram diferentes substratos e a sua influência no vigor das plântulas de pinhão-manso. Braga Júnior et al. (2007) testaram seis tratamentos (100% terra vegetal, 100% areia, terra vegetal + areia 1:1, terra vegetal + esterco bovino 1:1, areia + esterco bovino 1:1 e terra vegetal + esterco bovino + areia 1:1:1). Os autores concluíram que o crescimento e o acúmulo de massa seca das plântulas de pinhão-manso não foram influenciados pelos substratos, com exceção dos substratos terra vegetal + esterco e areia + esterco, que reduziram o crescimento da raiz.

O uso de fósforo na composição do substrato como complemento nutricional durante a formação da muda ajuda as raízes e as plântulas a crescerem mais rapidamente e aumenta a tolerância ao frio, além de melhorar a eficiência no uso da água e favorecer a resistência às doenças em algumas plantas. Lima et al. (2007) avaliaram o efeito da adição de superfosfato simples (0; 2,5; 5,0; 7,5 e 10 kg m-3) ao substrato sobre o crescimento e o teor foliar de macronutrientes das mudas de pinhão-manso. Nessa avaliação, os autores relataram que a dose de 5 kg m-3 de superfosfato simples proporciona melhor desenvolvimento das plantas de pinhão-manso, mas os teores de macronutrientes no tecido foliar não foram influenciados pela adição de fósforo ao substrato.

As plantas podem absorver nitrogênio tanto da solução do solo quanto nas adubações foliares. Guimarães et al. (2007) avaliaram o aspecto nutricional e a fitomassa seca no pinhão-manso, por meio da integração das diferentes dosagens de ureia (6, 8, 10 e 12%) como fonte de nitrogênio e de cloreto de potássio (2, 4, 6 e 8%) como fonte de potássio, em adubação foliar, aos 65, 75, 80, 90 105 e 120 dias após a emergência das plântulas. Esses autores verificaram que, em relação ao diagnóstico nutricional (N, PB, P, P2O6, K, K2O, Ca, Mg e MgO), as dosagens que mais se diferenciaram foram as de 8% e 10% em relação aos nutrientes. Em relação à fitomassa seca, as diversas dosagens não apresentaram diferenças significativas nas variáveis testadas.

Dependendo das condições edafoclimáticas da área e da viabi­lidade da semente, ela poderá demorar até 30 dias para emergir. Numa lavoura comercial situada no Município de Garanhuns, PE (8º56,935’S e 36º28,531’W e altitude de 741 m), em módulo irrigado por microas­persão, sem adubação química e distribuída em diferentes espaçamentos, verificou-se que a emergência da maioria das plântulas ocorreu entre 10 e 15 dias após o semeio. A semeadura foi realizada no dia 18 de agosto de 2005; registrou-se a emissão da primeira inflorescência aos 115 dias após o plantio, fase em que as plantas tinham em média 110 cm de altura. Os frutos iniciaram o processo de maturação a partir dos 73 dias após a emissão da inflorescência. No primeiro ano, de março a abril obteve-se uma média de 6 cachos por planta; depois da instalação de colmeias, a média aumentou para 12 frutos por cacho (ALBUQUERQUE et al., 2008b).

Numa área de meio hectare da fazenda Veludo, situada no Município de Itaporanga (7º18’16”S e 38º09’16”W Gr e altitude de 291 m acima do nível no mar), onde prevalece o clima Aw (quente e úmido, com chuvas de verão-outono) e índice pluviométrico em torno de 890 mm, dos quais aproximadamente 66% ocorrem no trimestre mais chuvoso (fevereiro a abril), realizou-se semeadura em espaçamento de 3,0 m x 2,0 m, em regime de sequeiro, na qual se observou que a emergência das plântulas ocorreu aos 9 dias após a semeadura, e a primeira inflorescência foi emitida aos 72 dias após a emergência. No momento da emissão da primeira inflorescência, as plantas tinham em média 84 cm de altura (Figura 24). Aos 83 dias da emergência, verificou-se a formação dos primeiros frutos, e a colheita iniciou-se aos 156 DAE, coletando-se apenas os frutos rajados e secos. Foram colhidos 600 g, distribuídos em 4 colheitas mensais, em virtude da desuniformidade de maturação (ALBUQUERQUE et al., 2008b).

Figura 24

Figura 24. Planta de pinhão-manso, com 84 cm de altura, emitindo a primeira inflorescência (Itaporanga, PB, 2008).

Foto: Amanda Micheline Amador de Lucena

Fatores que influenciam a produção e a produtividade

No Semiárido brasileiro, existem 14 polos de irrigação, e quase 4 milhões de hectares com condições de água e solo para irrigação. A maior parte dessa região não deveria sequer ter sido tocada, ou ter sido transformada em reserva agrosilvopastoril. Além disso, aproximadamente 19% da área é utilizada para agricultura de sequeiro (BELTRÃO et al., 2001). A irrigação é muito importante para o Semiárido, por ser o caminho para a agricultura segura e produtiva. Apesar disso, a área total irrigável no Brasil é pequena – cerca de 10% – o que corresponde a 50 milhões de hectares. Em virtude disso, a exploração maior ocorre em regime de sequeiro, sem irrigação, pois a precipitação pluvial e a duração do período chuvoso é de, no máximo, quatro meses, além da elevada demanda evaporativa do ar e de outros fatores. Esse fato requer que as espécies a serem exploradas tenham capacidade de resistir mais à seca e a temperaturas supraótimas.

O suprimento de água para uma cultura resulta de interações que se estabelecem ao longo do sistema solo-planta-atmosfera, por isso a condição hídrica de uma cultura depende sempre da combinação desses três segmentos. À medida que o solo seca, torna-se mais difícil para as plantas absorverem água, porque a força de retenção aumenta, e a disponibilidade de água no solo para as plantas diminui. Entretanto, quanto maior for a demanda evaporativa da atmosfera, mais elevada será a necessidade de fluxo de água no sistema solo-planta-atmosfera. A diminuição do conteúdo de água no solo afeta acentuadamente alguns processos morfofisiológicos, enquanto outros são relativamente insen­síveis (SANTOS; CARLESSO, 1998).

Dalchiavon et al. (2008) avaliaram a influência das variáveis meteorológicas no desenvolvimento inicial da cultura do pinhão-manso na região de Tangará da Serra, MT, e concluíram que as variáveis climá­ticas (temperatura, precipitação e irradiação solar) possuem relação direta com a altura de plantas e com o diâmetro do caule das plantas de pinhão-manso, pois contribuíram para o seu desenvolvimento em condi­ções irrestritas de disponibilidade.

A interação existente entre fotossíntese, crescimento e desenvol­vimento das plantas e as variações climáticas sazonais numa determinada região tornam a produtividade das culturas altamente dependentes des­sas variações (LEMOS-FILHO, 2000). Entre os eventos fisiológicos mais afetados pelas condições ambientais está a fotossíntese, que tem recebido especial atenção nos estudos que visam à seleção de espécies e/ou variedades adaptadas a ambientes adversos, por ser a principal fonte de carbono orgânico e de energia para o crescimento e para a biomassa de plantas (SANTOS, 2008).

A principal resposta das plantas ao deficit hídrico é o fechamento dos estômatos, que reduz a transpiração e economiza água para o seu desenvolvimento. Com isso, sob estresse severo, ocorre a redução no transporte de assimilados, na fotossíntese, no crescimento. Em muitas espécies, pode até mesmo ocorrer a abscisão foliar, como garantia de economia do máximo de água possível, na tentativa de tolerar o estresse hídrico (LARCHER, 2000).

A resposta das plantas à seca é caracterizada por mudanças fundamentais na relação da célula com a água, nos seus processos fisiológicos, na estrutura de membranas e de organelas celulares, além das mudanças morfológicas e fisiológicas da planta. Uma das primeiras respostas visuais ao estresse hídrico está relacionada ao crescimento, antes mesmo de haver variação no conteúdo em água dos tecidos, o qual está associado com as alterações no metabolismo de carbono e de nitrogênio.

Figura 25

Figura 25. Plantas de pinhão-manso com 2 anos e 10 meses, cultivadas na fazenda Estivas, no Município de Garanhuns, PE. Com irrigação (A); sem irrigação (B).

Fotos: Amanda Micheline Amador de Lucena

Nas Figuras 25a e 25b, estão apresentadas plantas de pinhão-manso com 2 anos e 10 meses de idade, cultivadas sob regime irrigado e de sequeiro, respectivamente. Pode-se observar que as plantas de pinhão-manso requerem quantidades consideráveis de água no solo para terem crescimento e desenvolvimento favoráveis, apesar de, no geral, con­seguirem suportar algum período com deficit hídrico. Os valores de dese­nvolvimento em altura e em diâmetro nos dois regimes comportaram-se de forma linear; no entanto, esse crescimento apresenta-se mais acen­tuado inicialmente, para se reduzir ao longo do tempo, o que pode ser atribuído ao fator sazonal.

Oliveira et al. (2008a) analisaram os efeitos de diferentes lâminas de água no solo, no crescimento vegetativo inicial da cultura de pinhão-manso e, partindo de uma condição homogênea, em que se considerou que todas as plantas apresentavam o mesmo grau de desenvolvimento, acompanharam o crescimento da cultura (diâmetro de caule, altura de planta e diâmetro de copa). Ao final de 17 meses de condução do expe­rimento, praticamente todos os parâmetros de crescimento da cultura apresentaram diferenças significativas de acordo com os tratamentos. Porém, somente 330 dias após o transplantio, verificaram-se diferenças significativas nos valores médios dos parâmetros avaliados, em resposta aos tratamentos de irrigação. Os mesmos autores observaram ainda que o fator irrigação apresentou efeito significativo para o parâmetro diâmetro da copa e que o melhor tratamento foi 40% da ECA (evaporação acu­mulada do tanque classe A), seguido de 80% da ECA e 120% da ECA. Observaram também que o diâmetro da copa das plantas irrigadas com o melhor tratamento foi em média 23% maior quando comparadas àquelas que não receberam irrigação. Em virtude disso, justifica-se a necessidade de irrigação do pinhão-manso na região de Lavras, MG, apesar de essa região apresentar precipitações médias anuais acima de 1.000 mm. Os mesmos autores ainda observaram que a lâmina corres­pondente a 40% da ECA foi a que proporcionou maiores diâmetros de copa das plantas, enquanto, para os parâmetros altura e diâmetro do caule, o melhor tratamento foi aquele correspondente a 120% da ECA.

Albuquerque (2008) avaliou o crescimento inicial do pinhão-manso de acordo com a disponibilidade de água no solo (100%, 80%, 60% e 40% de água disponível) e da adubação nitrogenada (0, 60, 120 e 180 kg de N ha-1) e verificou que o crescimento da planta é drastica­mente reduzido quando há baixa disponibilidade de água no solo ou carência de nitrogênio. Exceto o diâmetro do caule que teve crescimento máximo na dose estimada de 145 kg ha-1 de nitrogênio em solo com 100% de disponibilidade de água, as demais variáveis de crescimento tiveram valor máximo, quando se manteve o solo com 100% de água disponível e quando a dose fornecida foi de 180 kg ha-1 de nitrogênio.

As plantas, em condições naturais ou experimentais, podem ser submetidas à disponibilidade de O2, que varia desde os teores normais (normoxia), passando pela deficiência (hipoxia) ou, até mesmo, pela ausência (anoxia). Apesar da intensidade desses estresses, existem várias espécies de plantas, especialmente aquelas mais adaptadas a ambientes alagados, que respondem favoravelmente à baixa oxigenação do solo, com a formação de aerênquima (DREW, 1997).

Segundo Beltrão et al. (2001), o estresse hídrico, tanto por defi­ciência como por excesso, reduz a altura das plantas, a fitomassa total, a relação raiz/parte aérea, a fotossíntese da planta, bem como o processo respiratório oxidativo. Além disso, o estresse hídrico provoca alterações no metabolismo da planta, como a redução da atividade da invertase (enzima-chave no metabolismo dos açúcares, que transforma a sacarose em glicose e em frutose) e o incremento da atividade da enzima α-amilase, especialmente com o excesso de água no solo e com a deficiência de oxigênio.

Sampaio et al. (2008) avaliaram os efeitos do encharcamento do solo sobre o crescimento inicial em plantas de pinhão-manso e sua capacidade de recuperação após o período de estresse. Os autores observaram sintomas típicos de estresse anoxítico (Figura 26), tais como alargamento do colo do caule, epinastia nas folhas inferiores, mur­chamento da lâmina foliar e dos pecíolos e queda de folhas. A área foliar e o número de folhas foram as características de crescimento mais afetadas pelo encharcamento. Ocorreu redução no número de folhas por planta durante um período de até 15 dias de encharcamento; no entanto, após esse período, houve tendência de estabilização. O tra­tamento controle apresentou 80 folhas por planta; entretanto, no tratamento com 15 dias de encharcamento, esse número médio de folhas foi reduzido para aproximadamente 44 folhas. A área foliar apresentou comportamento semelhante no que diz respeito ao número de folhas por planta. No tratamento controle, a área foliar foi de 6.000 cm2 por planta; por sua vez, no tratamento em que as plantas permaneceram sob encharcamento por 15 dias, a área foliar foi reduzida para aproxima­damente 4.500 cm2 por planta. Mesmo com a redução da área foliar e do número de folhas, as plantas resistiram ao encharcamento por um período de 20 dias. Aparentemente, após a suspensão do estresse, as plantas retornaram ao crescimento normal. Das características de crescimento das plantas avaliadas, apenas a área foliar e o número de folhas apresentaram redução mais acentuada, as demais características não foram afetadas, o que evidencia a elevada tolerância dessa espécie ao encharcamento do solo. Os danos provocados por esse estresse, no entanto, precisam ser mais bem quantificados em estudos de longa duração e, se possível, os estudos devem ser realizados em condições de campo.

Figura 26

Figura 26. Sintomas na parte aérea de plantas de pinhão-manso submetidas ao encharcamento do solo. Campina Grande, PB, 2007.

Foto: Lígia Rodrigues Sampaio

Em muitas culturas de alta produtividade, o teor de potássio excede o teor de nitrogênio. Além disso, o íon potássio (K+) participa em diversas fases do metabolismo das plantas, como no controle de turgidez dos tecidos, na síntese de carboidratos e proteínas, na respiração e na regulação da abertura, bem como no fechamento dos estômatos. Tam­bém é importante no desenvolvimento das raízes e essencial na frutificação e na maturação dos frutos, pois é responsável pela conversão do amido em açúcares, além de funcionar como ativador de enzimas. Aproximadamente 46 enzimas exigem K para a sua atividade. Lopes (1989) e Malavolta et al. (1974), ao trabalharem com pinhão-manso em casa de vegetação, concluíram que, aos 5 meses após a emergência, as plantas apresentaram maior concentração de potássio do que dos demais macronutrientes (N, P, Ca e Mg).

Evangelista et al. (2008) avaliaram o comportamento inicial do pinhão-manso submetido a diferentes dosagens de adubação potássica (30, 60, 90 e 120 kg ha-1 de K2O), em área irrigada por gotejamento, sob condições de campo. Os autores observaram que a adubação potássica, nas condições em que foi desenvolvido o experimento, não afetou o diâmetro de caule, a altura de planta e o diâmetro de copa da cultura do pinhão-manso irrigado no Município de Lavras, região sul de Minas Gerais. Além disso, constataram que o melhor tratamento foi a dose de 60 kg ha-1 de K2O em cobertura (semestral).

Guimarães (2008) implantou dois experimentos. O primeiro con­sistiu da aplicação de quatro fertilizantes (esterco bovino, biossólido, torta de mamona e ureia), cada um com quatro quantidades distintas (85, 170, 225 e 340 kg ha-1) via solo. No segundo experimento, houve aplicação via adubação foliar em quatro tipos de quantidades de ureia (6, 8, 10 e 12%) e de cloreto de potássio (2, 4, 6 e 8%). O autor observou que, nos primeiros 135 dias de seu ciclo, o pinhão-manso respondeu à adubação orgânica com a aplicação de biossólido e de torta de mamo­na. Essa resposta pôde ser verificada na altura da planta e no diâmetro caulinar que obtiveram um incremento de, respectivamente, 40,9% e 40,6%, quando comparada ao controle sem adubação orgânica. A cul­tura do pinhão-manso foi beneficiada pela adubação, em especial com a NPK-mineral, que proporcionou um incremento de 96,14% na altura, quando comparados com a testemunha, sem o uso de fertilizantes. A cul­tura via adubação foliar não obteve diferenças significativas entre os tratamentos aplicados, alcançando um acréscimo de 11,47% na altura caulinar com a quantidade N4K4 ao final do experimento em relação à testemunha. O comprimento da raiz na dosagem de KCl/N45 apresentou um aumento de 172% em relação à testemunha quando avaliada na proporção de 24 kg ha-1. A aquisição adicional de nitrogênio e de potássio, propiciada pela adubação foliar, não modificou significati­vamente a variável fitomassa. Diante da análise vegetal, o pinhão-manso respondeu significativamente ao nitrogênio, ao potássio, ao óxido de potássio e à proteína bruta.

Como resultado de estudos de caracterização do comportamento fenológico de pinhão-manso cultivado na zona da mata do Estado de Alagoas, Santos et al. (2008) observaram que houve crescimento vege­tativo com padrão sazonal, com crescimento lento na estação seca e aceleração do crescimento na estação chuvosa. A abscisão foliar iniciou-se ao final do período chuvoso e continuou durante a época seca. Alguns indivíduos entraram em dormência vegetativa, enquanto o surgimento de folhas novas e a floração da maioria dos indivíduos ocorreram ao longo de todo o ano, cessando a produção esporadicamente, durante breves períodos. Ocorreram picos de floração e de frutificação durante a estação chuvosa. O ciclo reprodutivo durou um período médio de 120 dias, desde a abertura da primeira flor até o amadurecimento pleno do fruto na planta.

As plantas de pinhão-manso, numa certa época do ano, perdem suas folhas, geralmente durante os meses mais frios e sem chuva (Figuras 27a a 27b), característica chamada de caducifólia (que perde as folhas). Essa é a forma que as plantas encontram para não perderem água pelas folhas durante o processo de evaporação. Às vezes, ficam somente os galhos e o caule. Dessa forma elas armazenam água sem perder pra­ticamente nada pela evaporação. Henning (1999) relata que a dormência do pinhão-manso é induzida pelas flutuações climáticas e pela tempe­ratura/luminosidade, mas nem todas essas plantas respondem a esse estímulo, podendo ter num cultivo tanto ramos desfolhados, como outros cheios de folhas verdes.

Figura 27

Figura 27. Pinhão-manso no primeiro ano de ciclo, durante o período de seca. Fazenda da Brasil Ecodiesel, Canto do Buriti, PI, setembro de 2005 (A). Pinhão-manso com 2 anos e 11 meses, cultura irrigada em período de frio. Fazenda Estivas, Garanhuns, PE, junho de 2008 (B).

Fotos: Napoleão Esberard de Macêdo Beltrão

O pinhão-manso apresenta comportamento decíduo, no qual as folhas caem em parte, ou totalmente, no fim da época seca ou durante a estação chuvosa, e permanecem em repouso até o começo da primavera ou da época das águas nas regiões secas. Assim, as espécies podem ser classificadas como decíduas quando apresentam abscisão e produção de folhas concentradas em determinada época, ficando por um período de tempo quase ou totalmente sem folhas (SANTOS; TAKAKI, 2005; SATURNINO et al., 2005). Araújo e Ribeiro (2008) realizaram acompa­nhamento mensal da fenologia do pinhão-manso no período de janeiro a dezembro de 2007, no Município de Teresina, PI. Os autores observaram que a emissão de folhas em pinhão-manso foi contínua ao longo do ano. Em todos os meses, houve emissão de folhas, excetuando-se o mês de fevereiro. A intensidade de foliação (intensidade de Fournier) apresentou pico nos meses de janeiro, abril, junho, julho e no período de setembro a dezembro. Por sua vez, a queda foliar ocorreu ao longo do ano, com picos nos períodos seco e chuvoso. Vale ressaltar que, no ano de 2007, registros da estação meteorológica da Embrapa Meio-Norte indicaram temperatura média anual de 28,1 °C e precipitação média anual de 1.406,28 mm no Município de Teresina, PI. A precipitação teve seu ponto mais alto no mês de fevereiro, e seu ponto mais baixo nos meses de junho a novembro.

Santos (2008) verificou que, na época da seca, plantas de pinhão-manso apresentam melhor desempenho na capacidade fotossintética, com menores quedas nas taxas fotossintéticas, na condutância estomática e na transpiração, mas com boas condições de disponibilidade hídrica do solo, na região de Rio Largo, AL (semiúmida). O maior deficit de pressão de vapor de ar (época seca) foi o principal fator responsável pelo fechamento estomático no pinhão-manso, o que contribuiu para a redu­ção dos valores da taxa de fotossíntese líquida. Ainda segundo o mesmo autor, na época seca, por volta do meio-dia, ocorre a fotoinibição dinâ­mica com uma rápida recuperação durante a tarde em folhas de pinhão-manso, podendo-se concluir que, na região semiárida, com deficit hídrico severo, pode haver fotoinibição crônica.

Considerações Finais

A espécie Jatropha curcas L., da família Euphorbiaceae, conhecida popularmente como pinhão-manso, possui origem ainda incerta, porém é muito disseminada por toda a América Central. Suas sementes são ovaladas e contêm de 25% a 40% de óleo, no que diz respeito ao peso das sementes.

Atualmente, essa espécie está em início de exploração comercial no Brasil, assim como em outros países americanos, africanos e asiáticos. Ainda há grande deficiência de conhecimento científico sobre essa cultura, o que dificulta sua divulgação, pois encontra-se em processo de domesticação. No entanto, trata-se de uma planta produtora de óleo com qualidades necessárias para ser transformado em biodiesel.

Avaliando-se os resultados de pesquisa, os quais foram obtidos até o momento, e considerando-se, também, observações de lavouras conduzidas no Brasil e em outros países, pode-se afirmar que, embora o pinhão-manso possua destacada rusticidade para resistir ao estresse hídrico, o crescimento da planta e sua produção são afetados negati­vamente quando as condições ambientais são desfavoráveis, em especial quando ocorre deficiência hídrica. Não adianta resistir à seca com a única finalidade de sobreviver, é preciso produzir também. Esse é o grande desafio do Semiárido. Vários estudos estão em andamento, os quais envolvem diversas unidades da Embrapa, além de universidades e de outros órgãos como empresas estaduais.

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